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Entrevistas

Dave Erickson fala sobre o episódio 2 – “So Close, Yet So Far”

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ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do segundo episódio da primeira temporada de Fear the Walking Dead, S01E02 – “So Close, Yet So Far” (Tão perto e, ainda assim, tão longe). Leia por sua conta e risco. Você foi avisado.

A sociedade está ruindo, pessoal. Você pode afirmar isso pelo tumulto, pelo diretor sanguinário e pelo vizinho devorando o outro vizinho perto do castelo inflável. O TOBIAS NOS AVISOU! POR QUE NINGUÉM ESCUTA O TOBIAS? Bem, agora já é tarde, e isso ficou evidente no segundo episódio de Fear the Walking Dead, sendo que o pânico e caos começaram a se instalar.

Entertainment Weekly conversou com o produtor e showrunner Dave Erickson para obter respostas para algumas de nossas grandes perguntas, incluindo: Essa é a última vez que veremos Tobias?

Uma das coisas mais divertidas é assistir aos personagens tentando adivinhar o que está acontecendo: O que é essa coisa? Como você se contamina? O que essa coisa faz com você quando te contamina? E nós temos essa grande cena na casa do namorado de Alicia, Matt. Madison e Travis vão pra lá e falam para Alicia se afastar dele porque pode ser contagioso. Madison vê a ferida e pergunta: “Isso é uma mordida? É assim que acontece?” Nós já falamos sobre isso antes, mas você está andando na corda bamba do que diz respeito a não querer fazer os personagens parecerem burros porque os espectadores claramente sabem mais do que eles, mas essas são perguntas que eles teriam que fazer, certo?

Dave Erickson: Há uma realidade, e acredito que quando nossos personagens são confrontados com ela no episódio piloto, a reação inicial deles é “isso não é nada bom”. Nós não vamos direto pro zumbi. Seria algo mais ‘essa pessoa está doente’. Essa pessoa usou algo. E sim, parte do progresso nos primeiros episódios é pegar essas pistas e tentar entender o que está causando isso tudo. No filme de zumbi típico, as mordidas são a causa da infecção, a mordida é o que transforma alguém e nossos personagens ainda não sabem disso. Eles viram que Calvin foi baleado no episódio piloto. Ele não foi mordido.

É na verdade algo sobre o que eles conversam na cena a qual você se refere. Eles estão tentando entender a causa disso tudo e estão tentando encontrar alguma explicação racional, e o que eu acho interessante, tanto pra mim quanto para a audiência, é assistir os personagens chegando cada vez mais perto da verdade, em passos curtos. O que nós vamos descobrir conforme a temporada avança é que nós cronometramos isso de maneira que a audiência ficará cada vez mais interessada e nós saberemos o suficiente no tempo certo. Então eu acredito que nós não vamos querer socar os personagens. Acho que não chegaremos a esse ponto.

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Eu percebi no episódio vários sons que davam pistas sobre o que está acontecendo – pistas que nós ouvimos no nosso dia-a-dia e provavelmente ignoramos se vivemos na cidade grande – coisas como sirenes e helicópteros. Nós ouvimos muitos helicópteros ao fundo neste episódio, Dave.

Dave Erickson: Uma das coisas que queríamos – e nós chegamos a fazer isso até certa medida no episódio piloto – era brincar com os sons de fundo e queríamos ter certeza de deixar os personagens no limite. Para deixar a audiência no limite nós queríamos colocar lembretes de que algo estava errado. Algo não estava bem. Tem alguma coisa prestes a acontecer.

Então, sim, nós usamos sons de helicópteros e nós também testemunhamos um dos primeiros atos de violência, e isso desencadeia um protesto. Um tumulto se desencadeia no centro de Los Angeles. Então todos esses elementos são coisas que poderiam ser apenas a reação ao tumulto que está acontecendo na cidade e que poderia acontecer em qualquer lugar, mas a audiência sabe que tudo isso tem mais a ver com as pessoas virando zumbis e o apocalipse começando a aparecer na série.

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Para mim, um grande momento é quando Travis vê um policial enchendo seu veículo com água. Seria esse um subtexto que vocês tem seguido no decorrer da série, parece que a questão não tem apenas a ver com a maneira como os personagens reagem, mas também como as autoridades e aqueles no poder reagem? O que eles fariam e até onde podemos confiar neles?

Dave Erickson: Na realidade de qualquer apocalipse, os profissionais que prestam seriam os que saberiam de tudo antes – antes de todo mundo. E nós mostramos um pouco disso no episódio piloto com o médico no hospital para qual Nick foi levado, e com a enfermeira que o atende. Eles sabem que algo está errado porque eles sabem que quando um paciente tem uma parada cardio-pulmonar e é levado pro andar de baixo, algo estranho está acontecendo. E então nessa cena à qual você se refere, é uma cena curta, mas a ideia é que o policial está ciente do que está por vir e ele viu algo anormal e ele não sabe como lidar com isso, e tudo que ele sabe é que ele tem que cuidar de si mesmo.

Então a sugestão é que, com essa onda vindo em nossa direção, existam certas pessoas que vão fazer seus trabalhos e outras que vão na verdade voltar para si mesmos e cuidar de suas famílias, suas vizinhanças, e essa cena é um exemplo disso.

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Eu quero te perguntar sobre a cena na qual Alicia está voltando para a casa do namorado dela e então Nick começa a vomitar e a se chacoalhar como se estivesse tendo uma convulsão, então ela fica para ajudá-lo. Mais tarde ele diz à sua mãe que “Ela tentou sair. Eu a impedi.” Então ele estava fingindo aquela convulsão ou apenas tentando ganhar o crédito por ela não ter saído?

Dave Erickson: Ele estava ganhando crédito. Eu acho que isso casa com seu personagem. A mãe dele volta, ela tinha saído para arranjar drogas para que ele pudesse ficar equilibrado por tempo suficiente até que eles conseguissem entrar no carro, e esperançosamente, chegar até o deserto e ficar longe do perigo que os cerca.

E eu acho que essa cena em particular, sabe, ele é um viciado e é egoísta e ele quer suas pílulas e ele quer mais, e chega num momento em que (Madison) o encara e ele tem que fazer alguma coisa para ganhar favor. Então é um momento legal desse personagem, e eu acho que Frank [Dillane] interpretou isso muito bem. É ele que está passando por um ajuste hardcore e isso o levou à convulsão, e mais tarde ele tenta explorar isso para sua própria vantagem com sua mãe.

Okey, eu preciso dar a Tobias o prêmio de melhor fala quando ele diz “Quando a civilização acabar, ela vai acabar depressa”. Esse garoto é aquela uma pessoa que entende tudo melhor que todo mundo. Ele fala como tudo começa com saques, como as comunicações irão entrar em colapso, sobre como o deserto é o lugar mais seguro. Como ele sabe tanto?

Dave Erickson: Eu acho que Tobias é meio que o nosso teorista da conspiração interno. É ele quem tem vasculhado a internet por anos e que decidiu ligar essas historinhas que ele tem visto pelo país. Eu acho que começou com uma paranoia incerta. Começou com ele sendo um garoto com uma imaginação insana, e isso se tornou cada vez mais real pra ele e isso começou a assustá-lo. Ele fez sua obrigação e explorou maneiras de sobreviver. Ele rastreou como seria o surto e como ele aconteceria. Tobias é um personagem divertido e se ele vai retornar ou não ainda fica a ser visto, mas ele ainda não foi comido, então, quem pode afirmar algo?

Eu ia te perguntar isso…

Dave Erickson: Olha, se você não foi mordido há sempre uma chance, então…

Tem aquele grande momento no final em que Madison não deixa Alicia ajudar um vizinho que está sendo atacado perto do castelo inflável ou algo assim. Será esse um tema a ser explorado no sentido de como você decide o que, quando e por quem se arriscar?

Dave Erickson: Com certeza. E tem uma cena no começo do episódio em que Madison é forçada a confrontar alguém, mas na verdade ela está defendendo Tobias. Esse é um momento em que a prioridade é sua filha, e sua filha ainda não viu isso tudo. Alicia não percebe o que está acontecendo e isso está ficando cada vez mais claro para Madison. O instinto de Alicia é sair e tentar ajudar o vizinho do outro lado da rua, e Madison sabe o que estaria esperando por ela se ela fizesse isso. Então, neste momento, é mais importante pra ela proteger Alicia e manter sua filha em segurança do que ir e tentar salvar o vizinho – com certeza absoluta. As mudanças em nossas prioridades será algo bastante explorado durante a primeira temporada.

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O que você pode dizer sobre a introdução dos Salazars, que nós vemos oferecendo um pequeno abrigo naquele tumulto.

Dave Erickson: Os Salazars são incríveis. Rubén Blades e Mercedes Mason são esse time pai e filha. Os Salazars são imigrantes. Eles são de El Salvador. Eles vieram para os Estados Unidos nos anos 80 e saíram da Guerra Civil em El Salvador. Nós ficaremos sabendo disso conforme a série segue, mas Mercedes Mason interpreta uma personagem que é definitivamente americanizada. Ela foi criada nos EUA e ela vê seus pais como se fossem das antigas, e ela sente que é sua protetora. Casando com a ideia da série em que todos passam por grandes mudanças de identidade e reinvenção, ela percebe que a história de seus pais é algo que será mais útil no apocalipse do que sua experiência como uma garota americana. Então esse relacionamento vai continuar a se desenvolver e se tornará cada vez mais interessante.

Okey, nos dê uma pequena prévia com relação ao que esperar no terceiro episódio…

Dave Erickson: Nós terminamos o segundo episódio com nossos grandes interesses amorosos, Travis e Madison, separados. Travis foi tentar buscar seu filho biológico e sua ex-mulher e os manter em segurança, e Madison está fazendo tudo para proteger seus filhos, e o terceiro episódio será sobre uma reunião.

A ironia da série é que você tem dois pais que estão tentando desesperadamente unir essa família misturada incrivelmente disfuncional, e a grande ironia é que o único jeito que isso acontece é pelo apocalipse e pelo fim do mundo. Então, nós veremos essa família crescer conforme caminhamos para o terceiro episódio.

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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Jessica Storrer / Staff Fear the Walking Dead Brasil

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Entrevistas

Jenna Elfman fala sobre peixes fedidos e zumbis voadores no episódio de retorno de Fear the Walking Dead

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A quarta temporada de Fear the Walking Dead encontrou nossos sobreviventes ainda lutando para seguir em frente após as mortes de Madison (Kim Dickens) e Nick Clark (Frank Dillane) e lidar com uma nova ameaça na forma de um furacão que chegou nos momentos finais do episódio.

June (Jenna Elfman) – anteriormente conhecida como “Laura” e “Naomi” – está morando em um ônibus escolar com John Dorie (Garret Dillahunt) e Charlie (AlexaNisenson) em uma espécie de unidade familiar. É legal, mas nem tudo está bem. Charlie ficou tão traumatizada com as coisas que ela fez e viu que ela mal fala e quase se permitiu ser comida por um andador, enquanto June está lutando com quem ela é. John quer voltar para sua cabana onde ele e “Laura” viveram antes dela fugir, e June se preocupa que ela pode não ser capaz de se estabilizar e então John descobre que ela realmente é uma desistente.

“Eu não sou Laura”, ela diz a Al (Maggie Grace). “Eu sou a mulher que ficou com medo e fugiu. Não só de John, de todos.” Mas Al diz a ela que a pessoa que ela é com John é a pessoa que ela é agora. Seu passado não precisa mais ditar seu futuro. E esta nova e melhorada June será testada enquanto ela e Al resistem à tempestade que barrou o caminhão da SWAT de Al. A tempestade está forçando June a ficar parada e se confrontar consigo mesmo, o que veremos no episódio 12 desta temporada.

Aquele era um peixe real que você estripou?

Jenna Elfman: Sim, foi! Repetidamente! Tomada após tomada! E sinto como se a tomada que eles usaram foi a que eu disse “Tem algo de errado. Esse peixe não está bem.” O mais repugnante e fedorento – todos os outros estavam normais e cheiravam frescos, mas aquele tinha algo errado. Suas entranhas eram tão nojentas e fedorentas. Foi terrível.

Você teve alguma experiência anterior com evisceração de peixe?

Jenna Elfman: Eu aprendi como estripar um peixe no episódio 4×05, “Laura”, com Garret Dillahunt, que foi onde eu tive um pescador que me deu uma lição oficial sobre como estripar um peixe. Então isso foi um bom retorno para esse episódio.

Você pode me contar mais sobre o relacionamento de June com Charlie? Elas desenvolveram um relacionamento mais próximo que nós realmente não vimos quando elas estavam com os Abutres, e é por isso que June a adotou?

Jenna Elfman: Eu acho que por padrão, June é mãe. Ela tinha uma garotinha. E eu acho que quando você é pai, você é pai ou mãe, é isso aí. Você é sempre um pai. E June também é enfermeira, e acho que cuidar faz parte de seu DNA. E acho que também é cura. E há um pouco de unidade lá com ela e John, em seus pequenos estágios exploratórios. Eu acho que provavelmente é só por padrão, por instinto. Meio que faz sentido ela cuidar de Charlie.

O que está acontecendo com ela?

Jenna Elfman: Bem, vejamos, ela tem 11 anos e perdeu os dois pais e assassinou uma pessoa. Eu acho que isso pode deixar uma garotinha traumatizada, não é?

Bem, quando você coloca dessa forma…

Jenna Elfman: Eu acho que, às vezes, quando as pessoas estão vendo, estão tão acostumadas com o apocalipse, que esquecem quais são os efeitos reais de estar em torno de tanta violência e de pessoas tão malvadas umas para as outras. A personagem, e Alexa, quando ela estava filmando, tinha 11 anos.

É uma coisa pesada até para um ator tão jovem lidar.

Jenna Elfman: Ela é incrível, no entanto. Ela é uma alma muito saudável. É uma moça sensacional.

Naquela última cena, como eles fizeram os zumbis voadores? Tinham dublês em estilingues ao lado do caminhão? Como foi isso?

Jenna Elfman: Aquilo foi uma loucura! Eu estava sentada dentro da van da SWAT com Maggie (Al) observando esses zumbis passando e batendo na van bem na frente dos nossos rostos, essas dublês passando por isso. Eles trabalharam nisso por um bom tempo imaginando como tudo seria. Eu realmente tenho um pequeno vídeo que vou postar na hora certa, que foi meu ponto de vista de dentro da van com esses dublês batendo na janela contra o carro. Literalmente voando pela janela. Foi tão real e tão assustador de uma forma divertida.

Então, eles estavam pulando de trampolins? Como isso estava acontecendo?

Jenna Elfman: Eu acho que eles tinham arreios e estavam sendo puxados.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Fonte: TV Guide

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Destaque

Facebook Live de Fear the Walking Dead com Alycia Debnam-Carey e Colman Domingo no Brasil (LEGENDADO)

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Como já mencionado aqui no Fear the Walking Dead Brasil, os atores da série e intérpretes de Alicia Clark e Victor Strand estiveram no Brasil. A vinda de ambos era motivada pela anunciação da estreia da segunda parte da 4ª temporada de Fear.

Um dos compromissos mais aguardados pelos fãs era a live no Facebook do canal AMC Brasil. Nesse momento ambos responderam perguntas prévias enviadas pelos fãs brasileiros sobre seus personagens, o quarto ano da série, despedidas de elenco e curiosidades afins. Uma interatividade totalmente despojada e confortável. Ambos se mostraram ligados um ao outro e dispostos a atender os fãs da melhor forma possível.

Entretanto, houve muita reclamação nos comentários devido ao fato de não haver tradução simultânea (já que os astros têm como língua nativa o inglês). Mas, como nosso trabalho é dar acessibilidade aos fãs da série ao material produzido por eles, aqui está a live com legenda para você poder ver as respostas dadas pelos atores:

E então, o que você achou das respostas dadas por eles? O que você perguntaria para eles caso pudesse? Deixe um comentário abaixo.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Entrevistas

Morgan vai voltar para The Walking Dead? Os showrunners Andrew Chambliss e Ian Goldberg falam sobre o assunto!

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do nono episódio, S04E09 – “People Like Us”, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

O personagem de Lennie James, Morgan, finalmente conectou os dois universos de The Walking Dead quando ele passou da nave mãe de The Walking Dead para Fear the Walking Dead. Mas ele poderia cruzar de volta?

No começo do episódio de retorno de Fear, Morgan anunciou sua intenção de voltar para Virginia e para seu amigo Rick Grimes. Ele até providenciou transporte para o norte, cortesia de Althea e seu S.W.A.T. móvel. “Eu nunca deveria ter ido embora”, explicou Morgan a John Dorie. “Meu amigo, acho que ele estava certo. É onde eu pertenço. É onde eu deveria estar.”

Mas será que ele vai chegar lá? Uma tempestade gigantesca já estava começando a causar estragos, e Alicia tinha algumas palavras sábias para Morgan sobre o pessoal que ele estaria deixando para trás aqui se ele fugisse novamente. Então Morgan vai voltar para Alexandria? (Ou para o Lixão? Ou para o Reino? Ou onde quer que ele esteja planejando chamar de lar?)

A Entertainment Weekly conversou com Andrew Chambliss e Ian Goldberg, os showrunners de Fear the Walking Dead, para obter informações sobre este último desenvolvimento, bem como todos os outros acontecimentos na estreia da midseason. Confira:

ENTERTAINMENT WEEKLY: Vamos começar com a tempestade, porque você começa este episódio com zumbis voando, essencialmente. Como vocês colocaram isso juntos? Foi tudo CGI, foram atores dublês em fios? Como você faz zumbis no ar?

ANDREW CHAMBLISS: É um pouco de cada coisa. Eu diria tudo acima. Aquela cena com a qual abrimos o episódio é uma combinação muito cuidadosa de várias cenas. Fizemos muito da tempestade praticamente com barras de chuva, ventiladores gigantes e artistas em catracas que os puxaram para fora do quadro, e então fizemos muitos aprimoramentos, elementos digitais e combinamos algumas placas diferentes e camadas de chuva digital para realmente parecer como se fosse um furacão. A ideia começou com o desejo de ver um wallker entrar em cena e depois ser jogado, e conseguimos isso mais de uma vez. Ficamos super animados com os resultados no final do dia.

A maior manchete para mim saindo desse episódio acontece no início, quando Morgan diz que quer voltar para a Virgínia. O que neste momento o levou a essa decisão, de que ele deveria estar voltando?

IAN GOLDBERG: Como vimos na primeira metade da temporada, o Morgan está em uma grande jornada. Ele começou como alguém que fugiu de Alexandria, de todos que ele era próximo, porque ele acreditava que a melhor maneira para ele viver neste mundo era estar por conta própria. Ele não queria estar perto de pessoas. Isso mudou na primeira metade da temporada, e no final da metade da quarta temporada, ele está sentado em volta de uma fogueira com pessoas – algumas das quais eram amigas, algumas eram inimigas que se tornaram amigas. Foi uma reviravolta inesperada de eventos para Morgan.

Mas ainda há uma grande parte do Morgan que está ligado às pessoas que ele deixou para trás. Vamos ver que ele também está lutando com alguns outros demônios emocionais que vamos revelar quando a segunda metade dessa temporada continuar. E ele pode dizer que está voltando para Alexandria, mas a jornada para chegar lá será preenchida de muitas reviravoltas inesperadas. Estamos ansiosos para saber como as pessoas reagem a essa jornada.

Vamos falar sobre onde todo mundo está emocionalmente aqui enquanto retomamos as coisas, começando com John e June. Ele quer se aposentar para a cabana, ela está preocupada que ela não é a mulher que ele se apaixonou, o que, em relação ao seu nome, pelo menos, é certamente verdade. Isso é algum tipo de acordo em que June não tem certeza se pode simplesmente se permitir ser feliz com tudo o que aconteceu?

CHAMBLISS: Eu acho que é um pouco disso, mas acho que alternativamente no final do dia, é quase como se June talvez nem saiba qual versão do personagem que vimos até agora ela realmente é. Nós a vimos como uma mãe muito reservada que está apenas tentando se proteger. Nós a vimos como a pessoa que se apaixonou, e então a vimos como uma Abutre. Eu acho que seu mal em estar com Dorie é que ela tem que se perguntar quem ela é, e isso não é necessariamente uma pergunta fácil, especialmente quando você fez coisas que você se arrependa. Ela tem muita procura de alma para fazer por si mesma, antes que consiga se abrir totalmente para estar com John.

Vamos entrar na situação de Charlie. Ela aparentemente ficou muda. Achei que no início isso tenha acabado com a perda da família Abutre, mas quando ela retorna o livro O Pequeno Príncipe para Luciana, isso parece indicar que ela está lutando com o assassinato de Nick.

GOLDBERG: Sim, como você disse. Charlie passou por muita coisa por muita gente, mas particularmente por uma criança tão jovem. Sim, ela perdeu sua família Abutre, mas também está lutando com a culpa de ser a primeira Abutre que estava dentro dos portões do estádio e alertou os Abutres sobre a presença no estádio. E matando Nick. Ela carrega muita culpa e bagagem emocional. Existe muita coisa não resolvida em Charlie que ela não sabe como conciliar.

Uma das nossas cenas favoritas no episódio é Dorie tentando se conectar com Charlie como alguém que se isolou em um ponto, como vimos no episódio 4×05. Ele se escondeu em uma cabana porque sentiu muita culpa sobre o que tinha feito e não podia se perdoar por isso e tentou apelar para Charlie para se abrir da melhor maneira que Dorie sabe, através do Scrabble. Mas Dorie pode se identificar com isso e ele sabe que não foi fácil para ele voltar ao mundo, e foi preciso o amor de June, e depois Laura, para fazê-lo se reconectar com as pessoas e perdoar a si mesmo. Charlie ainda não descobriu isso. E vai ser difícil para ela se perdoar.

Enquanto conversamos sobre pessoas que estão claramente confusas, vamos conversar sobre Alicia. Por um lado, ela se isolou de seus melhores amigos. Por outro lado, ela tem o desejo ardente de ajudar um completo estranho que está em perigo. O que está acontecendo com ela e como isso tudo está relacionado à perda da mãe dela?

GOLDBERG: Alicia quer muito continuar como Madison, ela quer levar adiante esse propósito. E seu fracasso em fazer isso é esmagador para ela. Alicia ainda está realmente processando sua dor pela perda de sua mãe e sentindo, como todo mundo, um pouco à deriva e sem propósito. A coisa mais nobre que ela acha que pode fazer é continuar com a força de Madison, e a parte mais trágica do episódio é que, apesar de seus esforços, ela não consegue fazer isso. E isso a deixa questionando: o que eu faço agora se não posso levar isso adiante? O que eu vou fazer? Quem eu vou ser? Essa será sua luta pela segunda metade da temporada.

E ela tem aquela fala depois de tudo que Morgan falou para ela, “Você pode estar lá para eles,” e então ela diz, “Você poderia estar aqui para nós também”. Então você tem essa enorme tempestade agora, e você tem Alicia dizendo para Morgan, “Você seria útil para nós”. Como tudo isso pode potencialmente mudar os planos de Morgan e sua mentalidade sobre voltar para Virgínia?

CHAMBLISS: É uma ótima pergunta que Alicia faz para Morgan e não acho que é algo com o que ele esteja necessariamente lutando de forma consciente. Como ele disse para Alicia no início do episódio, ele deixou muitas pessoas com as quais se importava em Virgínia sem se despedir. E é como se Morgan sequer estivesse processando o fato de que ele agora está fazendo a mesma coisa novamente com esse grupo de pessoas, das quais ele se tornou tão próximo. Quando Alicia joga o conselho que ele deu de volta e diz, “Você está me dizendo que eu deveria ajudar as pessoas a minha volta, bom, você devia fazer a mesma coisa” – essa é realmente a primeira vez que Morgan está percebendo que, de certa forma, ele pode voltar para as pessoas que ele deixou em Virgínia e fazer com essas pessoas a mesma coisa que ele fez no início da temporada. Ele está fugindo de pessoas.

Acho que muito disso deriva do fato de que ele não sabe como ajudar essas pessoas. Exatamente pela mesma razão que Alicia não está vivendo na casa com Luciana e Strand – eles a lembram de todas essas coisas sombrias que ela fez, mas eu não acho que ela tem uma resposta pronta para nenhum deles sobre como prosseguir. É mais fácil abaixar a cabeça e focar em uma missão como seguir esses pedidos de ajuda. Prosseguir, tanto Alicia quanto Morgan terão que encarar essas questões sobre como eles podem ajudar as pessoas a sua volta. Obviamente não vai ser fácil, porque lá pelo final do episódio, Alicia e Morgan seguem caminhos separados enquanto a tempestade se aproxima e aumenta de intensidade.

Okay, o que mais você pode nos contar em termos do que está por vir em Fear the Walking Dead?

GOLDBERG: Podemos dizer que viemos falando da Alicia, e vimos Alicia ser testada muitas vezes antes, de formas muito diferentes. Mas não acho que já tenhamos visto ela ser testada desse jeito, como veremos no próximo episódio. Isso é um nível emocional completamente novo para Alicia.

CHAMBLISS: E vai ter água. Vai ter muita água.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

Fiquem ligados no FEAR the Walking Dead Br e em nossas redes sociais @FearWalkingDead (twitter) e FEAR the Walking Dead Brasil (facebook) para ficar por dentro de tudo que rola no universo de Fear the Walking Dead.


Fonte: Entertainment Weekly

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