2ª Temporada

Dave Erickson promete amplificar as coisas na 2ª temporada de Fear the Walking Dead

Publicado há

em


A primeira temporada de Fear the Walking Dead terminou com os sobreviventes planejando embarcar no barco de Strand, Abigail, para fugir do apocalipse zumbi. Mas como o pôster da segunda temporada ameaçadoramente aponta, não haverá porto seguro.

O showrunner Dave Erickson ressaltou isso quando conversou com a Entertainment Weekly sobre o que esperar em alto mar. “Não há nada mais assustador que ficar preso no meio do oceano e com nenhuma ideia clara de onde você pode possivelmente desembarcar”. O que mais podemos esperar quando o drama retornar no dia 10 de abril?

ENTERTAINMENT WEEKLY: De onde e quando a segunda temporada começará?

DAVE ERICKSON: Vimos o barco Abigail na casa de Strand quando a última temporada terminou. Podemos antecipar que vamos começar bem perto desse momento. Uma das coisas que acho interessante sobre essa temporada é que na temporada passada estávamos relativamente isolados. Tivemos três episódios, depois dois episódios trancados atrás de um muro com a Guarda Nacional cuidando de nós, e a informação não era disponível para todos. Não sabíamos o que realmente estava acontecendo além do que a Guarda Nacional nos contava. Só no último episódio que nossos personagens puderam ter ideia de como as coisas estavam ruins.

E o interessante é que eles ainda estão passando por esse processo – vendo que Los Angeles está claramente em um estado ruim. Mas como está o resto do mundo? Ouvimos uns trechos na rádio sobre isso na temporada passada, mas eu acho que ainda há um pouco de educação apocalíptica que a família pode ganhar nesses primeiros episódios, então foi importante em certo nível se manter um pouco fechado nesse intervalo de tempo, sem nenhum pulo radical.

E obviamente o maior evento que vamos enfrentar logo de cara é a morte de Liza. Então o que acontecerá com a dinâmica familiar de Travis e Chris, e até mesmo Madison, depois que Travis apertou o gatilho e matou Liza?

Dave Erickson: Ambas Madison e Liza disseram em momentos distintos que Travis tinha que fazer o que ele fez, as duas disseram que isso ia o afetar muito. E um dos desafios para Travis nessa temporada é ver como ele lida com isso – como ele pode se prender ao senso moral que ele se agarrou tanto na primeira temporada. É interessante porque todos os personagens que seguem para a segunda temporada foram tocados por uma tragédia específica, seja ela a morte de Griselda, ou a morte da mãe do Chris. E depois, em um sentido mais amplo, também tem a perda da cidade.

O maior desafio e a maior questão depois que a família embarca no barco é: eles são capazes de se manter juntos como uma família? Além disso, tenha em mente que ainda há um número de pessoas nessa família improvisada que não se conhecem muito bem. Strand é uma nova entidade para todos os nossos personagens. Acho que Daniel e Ofelia se tornaram parte da família, mas ainda há um pouco de distância entre Salazar e o resto do grupo. Um dos temas e dúvidas que serão predominantes nessa temporada é o que Exner auxiliou na temporada passada, que é: O que é família? É sangue ou laços? E isso será algo que será testado no barco quando chegarmos nisso nos primeiros episódios da temporada, e durante a temporada inteira, francamente.

Veremos algum flashback nessa temporada?

Dave Erickson: Não sei, vamos colocar dessa maneira: temos um número de personagens com histórias incrivelmente ricas e cheias de camadas. Isso pode ser usado como uma ótima ferramenta narrativa para rebater a atual coisa em vez de fazer uma enorme descarga explosiva. Portanto, há sim uma possibilidade.

Da última vez que conversamos, depois do fim da primeira temporada, você mencionou que a cadencia da segunda temporada seria diferente porque não teríamos a queima lenta da primeira. Agora que vocês estão gravando, isso se manteve?

Dave Erickson: Menti para você da última vez [Risadas]. Não, o interessante é que uma das maiores distinções da primeira temporada comparada com The Walking Dead – que agora está tendo uma explosiva e ótima sexta temporada – é que fizemos uma queima lenta, pelo menos nos primeiros seis episódios, e depois atingimos um crescente. Nós reduzimos o ritmo dos episódios 4 e 5 e ficamos nisso por um tempo, depois terminamos de um jeito forte com nossa primeira mordida de zumbi no final da temporada.

É interessante que essa temporada será uma aventura em alto mar. Definitivamente terão infectados para lidar e outras pessoas que teremos que confrontar no caminho. Mas em tonalidade com o ritmo, temos alguns amplificadores aqui e ali, mas, para ser honesto, ainda sinto que é ligeiramente consistente. Há ansiedade naquele barco com a dúvida de para onde iremos, o que é a grande questão que abordamos nos primeiros episódios.

E os desafios do alto mar, que parece ser um grande e vasto santuário no início, mas que depois mostra perigos em abundância. E perceberemos bem rápido que o mar não é mais seguro que a terra. A energia, a tensão, ansiedade e apreensão que colocamos na última temporada prevalecem nessa, então há uma consistência tonal. Mas sim, vamos amplificar as coisas em comparação com a última temporada e os primeiros dois episódios.

Quando você fala sobre esses perigos do mar, significa que veremos mais ameaças humanas do que ameaças de zumbis na segunda temporada?

Dave Erickson: Em última análise, precisamos de um porto seguro. Haverá perigos que encontraremos que não esperávamos no oceano. E quando tentamos encontrar uma terra, percebemos que os problemas serão agravados. A melhor coisa para mim é que tem essa tensão que já existe na família, e depois colocamos essas pessoas em um barco – e tem grande porte – mas eles ainda estão rosto a rosto um com o outro. Aí as coisas ficam mais complicadas com a busca por um lar, e essa busca por esperança. Não há nada mais assustador para mim do que estar preso no meio do oceano e com nenhuma ideia clara de onde você pode desembarcar.

Respondendo sua pergunta, terá um equilíbrio, e sempre é assim. Nossos personagens estão passando por uma adaptação e evolução do que serão enquanto lentamente percebem a dimensão disso, e eles percebem que provavelmente não há lugar seguro para ir, então como mudamos nossas próprias atitudes e o que estamos dispostos a fazer?

Dave Erickson: Vimos na temporada passada que nossos personagens fizeram coisas que eles nunca imaginariam fazer quando começamos a filmar o episódio piloto. Travis chegou ao seu limite com Adams e perdeu o controle de si, porém não matou Adams. Madison teve seu primeiro real encontro com algo e manteve para si essa situação desde então. Mas eles não têm ideia do conflito real com outras pessoas, e acho que isso é uma interessante arena para explorarmos e criarmos mais tensão entre os outros. E esses outros não estarão infectados.

O que você pode nos contar sobre os novos personagens da segunda temporada?

Dave Erickson: Haverá alguns [Risadas]. Uma das coisas que temos que fazer quando seguimos em frente é que temos o grupo principal e a família principal. Não é só sobre encontrar o próximo vilão que teremos que lidar. Uma das coisas que amo sobre os primeiros episódios dessa temporada é que as pessoas que encontramos em vários aspectos estão ligadas ao mar ou a terra em certo grau. Algumas pessoas foram deslocadas.

Não somos as únicas pessoas que tiveram a brilhante ideia de sair da terra. Há uma grande costa e muitos outros que foram para o mar. Então encontraremos pessoas que têm agendas diferentes do que temos na água. E depois quando tentamos escapar desses perigos e formos para a terra, encontraremos pessoas que estão interessadas em tentar ir para o mar também. E a melhor coisa sobre isso é nosso iate, Abigail – vamos aprender no primeiro episódio que há ótimos elementos no barco que seria bem atrativo às pessoas. E isso também se tornará um problema mais para frente.

Que tipo de obstáculos logísticos as gravações na água em um tanque no México apresentou?

Dave Erickson: Foi bem divertido. Tivemos que construir um barco, e não construímos um de 40 metros, mas sim uma grande parte dele, que foi o tanque Horizonte, que é o maior tanque, o tanque exterior. O estúdio é de James Cameron, por isso tem funcionado muito bem, e qualquer consideração que precisávamos ter antes de construir foi muito bem pensada. Tem sido fantástico, para ser honesto. A construção do barco foi um obstáculo porque houve muito que fazer, e isso causou um pouco de esforço.

Usamos muitos efeitos especiais e muito manejo de elementos, e quando tudo se junta se torna bem extraordinário. Acho que é uma versão de nossa série que obviamente não vimos antes, é algo que você não vê na TV com frequência, então está sendo fantástico. E a verdade é que, fazendo o trabalho do tanque e vivendo naquele ambiente, não tivemos que fazer muita coisa no mar aberto, o que foi ótimo porque poupamos uma tonelada de Dramamina – isso foi bom.

Fiquem ligados aqui no FEAR the Walking Dead Br e em nossas redes sociais @FearWalkingDead (twitter) e FEAR the Walking Dead Brasil (facebook) para ficar por dentro de tudo que rola no universo de Fear the Walking Dead.


Fonte: Entertainment Weekly

Comentários

EM ALTA

Sair da versão mobile