1ª Temporada

Alycia Debnam-Carey fala sobre Fear the Walking Dead e o que Alicia sabe

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Já sabendo lidar com situações apocalípticas – apesar de ser em um ambiente muito diferente – em “The 100” como Lexa, Alycia Debnam-Carey agora encara um mundo se acabando por um surto zumbi em Fear the Walking Dead.

Logo após a estreia da série derivada de The Walking Dead – com recordes de audiência – o IGN conversou com a atriz Australiana sobre a personagem, Alicia, e como ela está lidando com o início da situação que é muito extrema e chocante.

IGN: Com sua personagem, é interessante, porque dos quatro membros da família principal, ao final do primeiro episódio, ela ainda não viu o que os outros viram, o quão sérias as coisas são. Você pode falar da perspectiva dela? Para qualquer um de nós, não seria fácil processar o que está acontecendo, mas como você acha que ela está encarando essa situação em desenvolvimento?

Alycia Debnam-Carey: É, como você disse, da família principal, ela é a única que ainda não foi exposta à situação, esse vírus. Ela ouviu conversas sobre teoria da conspiração. Obviamente, coisas estão acontecendo na escola, rumores estão se espalhando, mas no primeiro episódio e no trailer, acho, há um momento onde eles assistem a uma filmagem e ela fala algo do tipo, “Isso não é real.” Ela ainda está tentando justificar tudo e isso é algo fantástico nos seres humanos. Você é jogando em uma situação incrível e você sempre tenta justificar isso de forma realista e lógica para si e parte disso é a família sempre tentando protegê-la. Eles passaram por muita coisa, obviamente. Como uma família, perdemos um pai e um marido. Ela tem um irmão que está perdido e não está mais por perto, por isso ela tem ficado meio no escuro e este é quase que o empurrão final onde as pessoas tentam meio que manter ao menos algumas pessoas seguras e protegidas.

De certa forma, ela está em uma posição similar ao público, porque como público essa é uma introdução completamente diferente ao mundo de The Walking Dead. É antes de algo acontecer. Você não sabe que tipos de sintomas procurar ou o que acontece quando as pessoas se infectam. Por isso ela está em uma posição similar ao público no sentido de, “Não sei o que está acontecendo.” Obviamente, o público tem o resto da franquia como referência, mas foi difícil porque as cenas foram bem complicadas de filmar, muitas delas. Porque quando você tem pouquíssima informação, essa coisa de juntar os pedaços e partes do que todos estão dizendo, isso é bastante difícil de se fazer em cena. Porque você fica meio “Ah, calma, eu ainda não sei isso, sei!?”

IGN: É uma temporada de seis episódios. As coisas vão acontecer bem rapidamente nos primeiros episódios com relação à direção que tudo vai tomar?

Alycia Debnam-Carey: Não, acho que você ficaria surpreso com a lentidão na qual as coisas vão se desenrolar, porque podemos. Temos o luxo dessa janela de tempo que nunca foi explorada no original e por isso temos sorte por podermos saborear esses momentos e o que acontece quando a sociedade se desfaz. Mas eu acho fantástico o quão rápido a sociedade se desfaz também e o quão rápido as pessoas se tornam defensivas e as pessoas se tornam desconfiadas das coisas. Ao mesmo tempo, ao final da temporada, ainda não estaremos no ponto onde Rick Grimes está, sabe?

IGN: Enquanto Alicia é a irmã mais nova, por causa do vício de seu irmão mais velho, ela precisa ter um papel diferente do que seria normal nessa dinâmica. Ela está farta disso tudo, ao mesmo tempo que procura amar e cuidar de seu irmão?

Alycia Debnam-Carey: Eu acho que eles sempre foram próximos enquanto cresciam e eles tinham um relacionamento muito bom e obviamente compartilharam uma experiência que ninguém conhecido pode entender. Eles são irmãos e perderam um pai. Isso é algo incrivelmente traumático de se passar e por isso eles já possuem uma conexão e eu acho que eles são parecidos em diversos aspectos, mas acho que essa situação os guiou em caminhos muito diferentes.

Irmãos são normalmente muito opostos. Como vejo comigo e com meu irmão, há coisas que eu faço bem e ele faz outras coisas muito bem. Você meio que compensa pelo outro, suas falhas e atributos. Acho que com Alicia e Nick, eles tem uma relação boa, mas é obviamente muito desgastada e vai levar tempo para reconstruir. Acho que ela já ouviu isso tantas vezes – tipo, “Vou melhorar” ou, “Nick vai ficar bem. Ele vai se acertar” e é algo do tipo “É, não, ele disse isso um milhão de vezes e ele não vai melhorar e ele não vai mudar.” E ela é uma jovem direita e ela só tira ‘A’ na escola e ela é muito inteligente e ela tem sua astúcia, mas isso pode ser porque Nick se perdeu, ela precisou ser autossuficiente. Ela precisou estar no controle e isso se volta contra você às vezes porque você faz tudo tão bem e quer ser reconhecida por isso, mas em vez disso Nick tem toda a atenção porque ele é quem está fazendo tudo errado e nós temos que cuidar de Nick e é tudo pelo Nick, por isso ela está tão pronta para sair.

IGN: Como tem sido esse processo todo de entrar na série para você? Você foi à Comic Con pela primeira vez em Julho, por isso você está se sentindo meio, “Nossa, somos parte dessa franquia gigante!?”

Alycia Debnam-Carey: Comic-Con foi uma coisa incrível, com certeza. Foi estranho porque eu não pude experimentar completamente. Foi muito – fomos levados de um lado pro outro e você fica em hotéis e ficamos em quartos diferentes e não se pode ver muito os fãs, mas então quando pudemos e andamos pelo lugar foi um pouco, “Ah meu deus, há uma energia incrível neste lugar e todos estão fantasiados” e isso faz você sentir como se tudo isso fizesse o sucesso possível e é por isso que essa série faz tanto sucesso, por causa dessas pessoas aqui. Foi muito divertido. Acho que eu dormi por umas 6 horas porque era sempre vai, vai, vai. Acho que foi legal de ver também porque ninguém sabia quem éramos nós, fomos meio que uma pequena parte – foi mais um ponto de vista de observador para nós também, de maneira diferente do que The Walking Dead pode ser.

IGN: Já no próximo ano…

Alycia Debnam-Carey: [Risos] No próximo ano. As pessoas ficam repetindo isso!

IGN: The Walking Dead é conhecido pelos efeitos e maquiagem excelentes. Você já viu algo interessante nos bastidores?

Alycia Debnam-Carey: Ah sim. Leva um tempo para se descobrir, mas há muita coisa legal para o público curtir, com certeza. É um passo mais lento do Greg [Nicotero], que está no comando da maquiagem. Ele é fenomenal e é tudo muito assustador de verdade.

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Fonte: IGN
Tradução: @Felipe Tolentino / Staff Fear the Walking Dead Brasil

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