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REVIEW FEAR THE WALKING DEAD S01E06 – The Good Man: Não há espaço para pessoas boas no novo mundo

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A história de Fear the Walking Dead foi traçada lentamente para que no último episódio da temporada vivêssemos grandes emoções. Foram sustos, lamentos, lutas corporais e milhares de “infectados” à solta pelo mundo.

O episódio iniciou-se com Daniel tentando dar um fim no soldado que esteve torturando, para que pudessem dar procedência ao plano e Travis (vocês sabem que eu tenho implicância com ele, né?) mais uma vez deu o ar de bom moço e tentou provar que o melhor a se fazer era manter ele vivo.

Ofelia ainda parecia muito incomodada com o fato de descobrir que o pai tinha um passado muito obscuro e aparentava ter perdido a confiança em quem Daniel era. Há muitos pontos a serem acertados entre os dois ainda.

Os carros são organizados para que pudessem ir buscar Nick, Liza e Griselda no hospital e depois fugirem para o deserto. Madison deixa bem claro que se a ideia de deixar o militar delator vivo partiu de Travis, ele que arque com a responsabilidade de leva-lo em seu carro.

Antes de saírem, Andrew (o soldado) suplica a Travis que o deixe ir embora, visto que ambos sabem para onde a história iria levar e todas as opções resultam em sua morte. Ofelia e Daniel partem em um carro, Madison, Chris e Alicia no segundo e por último Travis que em plano deveria estar acompanhado de Andy.

Numa cena épica em que o coração de qualquer fã de walkers pulsou mais forte, Daniel chega à base militar guiando uma horda imensurável de infectados, o que faz com que os soldados tenham que voltar toda a sua atenção para o ataque iminente dos mordedores.

O grupo de sobreviventes que acompanhamos está reunido numa garagem de um dos prédios próximos ao hospital. Quando Daniel chega para realizar a invasão da base militar – para resgatar Griselda, Nick e Liza – percebe que Travis havia liberado Andy. Apesar de descontente, Daniel dá procedência ao plano. Alicia e Chris ficam juntos no estacionamento aguardando os pais voltarem (não sei, mas os pais desses dois pecam muito no quesito “deixar os filhos em segurança”).

No local, Exner – a médica – faz jus ao manto que carrega e tenta desesperadamente salvar todos os seus pacientes e equipe. Ao perceber que a ajuda dos militares não virá, ela heroicamente pede para que sua equipe vá embora enquanto pode. Exner resolve ficar para cumprir sua função profissional.

Liza chega à parte externa do local – sim, ela ia ir embora sem nem se lembrar de Nick – que está tendo suas cercas derrubadas pela pressão dos infectados. Os militares tentam contê-los, mas acaba por ser impossível, o que faz com que Liza tenha que retornar para o interior do hospital.

Madison, Travis, Daniel e Ofelia chegam ao local das celas e questionam os demais doentes/presos/quarentenários quanto ao paradeiro de Nick e são apresentados a uma proposta: se os soltarem, contam para onde foram. Madison e o restante do grupo soltam o maior número deles e acabam descobrindo que Nick fugiu com Strand pela região traseira do prédio.

Nesse momento vemos Strand e Nick quase chegando à parte exterior, mas são surpreendidos por uma horda enorme e acabam por ter que voltarem correndo na direção em que vieram. Contudo, Nick com toda sua cognição, acabou por trancafiar a única porta que lhes dava livre acesso a retornar de onde vieram. Strand e Nick agora estão encurralados e prontos para morrerem.

Madison e o grupo chegam à porta que só é aberta pelo cartão de funcionários. Aqui temos uma cena dramática de mãe e filho trocando olhares desesperadores pelo vidro, enquanto os infectados chegam próximo de Nick e Strand. Quando tudo está nos levando a crer que Nick seria estripado sob o olhar da mãe que nada podia fazer pelo filho, chega à salvadora: Liza. Liza chega ao local com seu cartão de enfermeira e consegue – depois de umas cinquenta tentativas, meu coração já estava na boca – destravar a porta, salvando Nick e por consequência Strand.

Strand questiona Madison sobre o plano deles para fugirem da onda de infectados no que ela responde que a ideia é ir ao deserto. Strand informa Madison que nenhum lugar mais é seguro, mas que se quiserem podem ir junto dele para sua casa à beira-mar, que é reservada e tem mantimentos para longo prazo.

Quando Daniel questiona Liza sobre Griselda, recebe dela um olhar de desconforto e logo entende o que ocorreu. Ofelia continua insistindo em querer ver a mãe, e Liza acaba por ter que dizer-lhe que não há mais o que fazer por Griselda.

Liza diz ao grupo que a única pessoa capaz de lhes dar indicações de um caminho para fugirem dali em segurança é Exner. O grupo vai até a médica, no caminho são surpreendidos por alguns infectados e temos uma sequencia de luta. Ao chegarem ao local onde Exner se encontra, veem que ela deu fim a dor de todos os internados. Exner dá indicações para eles de como saírem do prédio. Liza quer que a médica se junte a eles, mas ela resolve ficar para trás.

Ao saírem do prédio, com o dia já amanhecendo, encontram um local cheio de corpos carbonizados. Ofelia e Daniel compreendem que em algum daqueles corpos está Griselda. Ofelia parece então por fim compreender o que aconteceu.

Ao chegarem de volta ao estacionamento, dão falta do carro onde Chris e Alicia haviam ficado. Os dois passaram por maus bocados enquanto os pais tiveram fora. O carro onde estiveram foi roubado por militares que ainda tentaram abusar de Alicia, que foi “salva” por Chris.

Os dois reaparecem, as famílias se abraçam e Ofelia ainda inconsolável fica mais distante do grupo. Então – deixo bem claro que a culpa é do Travis – Andy reaparece mirando uma arma para Daniel. Ofelia tenta intervir e acaba sendo atingida por um disparo. Travis pula sobre Andy e o golpeia bruscamente – cadê o bom moço?

O grupo segue para a casa de Strand e ao chegarem ao local (uma mansão com vista para o mar) encontram um amplo espaço e são liberados pelo dono da casa a fazerem o que quiser.

Liza diz para Daniel que Ofelia ficará bem, que só necessita de alguns curativos e poucos cuidados. Madison e Nick conversam sobre a briga que tiveram antes dele ser levado pelos militares. Nick procura Strand que o revela que não irá ficar na casa, que irá para um iate que possui, pois acredita que esse é o único local seguro no momento.

Liza abraça Chris e os dois conversam um pouco. Depois disso ela sai da casa e vai em direção do mar. Madison a segue e as duas se encontram na areia, distante da casa. Liza confidencia à Madison que foi mordida – aqui meu coração já apertou – e que como Madison havia pedido algum tempo atrás, queria que ela desse fim a história que se iniciaria: Liza pede que Madison a mate antes da transformação. Travis chega ao local e toma ciência da história. Depois de alguma carga dramática, atira em Liza. O episódio acaba com todos desolados com o que acaba de acontecer.

O episódio fez jus à marca The Walking Dead estabelecida por Kirkman. Houve drama na medida, mortes, sustos, apertos no coração e mistura de taquicardia e paradas cardíacas.

Quero falar que a morte de Liza no final foi inesperada para mim, visto que para a história seria ótimo que Madison e ela continuassem a conviver juntas. Na verdade, eu acreditava muito mais numa história cheia de potencial onde Liza e Madison fossem obrigadas a viverem juntas sem Travis, do que a história de Liza morta e Madison e Travis vivos. Talvez o anseio pela morte de Travis no final dessa temporada fosse relativamente pessoal, já que o personagem não me agrada muito no seu modo de agir e reagir às situações.

Mas, isso é The Walking Dead, ou melhor, Fear the Walking Dead. Os personagens morrem inesperadamente, mesmo tendo um tanto de histórias pra contar. Só espero que essa morte venha adicionar muito ao enredo da história. Que faça parte do desenvolvimento de outros personagens, como Chris e Travis e nas suas relações com os demais membros. Talvez, através da morte de Liza, Chris e Alicia possam se aproximar mais do que já vinham se aproximando e possam nos trazer bons momentos.

Alguns mistérios ficaram para serem resolvidos na próxima temporada – já confirmada com 15 episódios para 2016 – como, por exemplo, a questão do iate de Strand. Será que todos serão convidados a irem? Seria um tanto quanto curioso vermos como é a sobrevivência em alto-mar, embora isso não possa se estender por muito tempo, pois em teoria não haveria muita ação dentro de um barco.

E Tobias? Morreu? Está preso em seu mundo digital (responda essa, Maddy)? Está taxado a ser o novo Morgan? Espero realmente que em algum ponto ele retorne para a trama.

Outro ponto curioso é o fato de Alicia simplesmente esquecer-se do namorado. Eu realmente esperei por algum momento em que ele apareceria em algum ponto da história em forma de walker, ou que ela ao menos o citasse. Mas ao que tudo indica o amor já passou e ela nem lembra mais de Math.

Para mim os melhores personagens são Daniel, Madison e Nick. Na linha de “gosto, mas ainda não sei bem o porquê” estão: Alicia, Ofelia e Chris. Já os que me desagradam: sr.Manawa, me desculpe, mas nem sua cena de Evil Rick socando o rosto de Andy foi o suficiente para me conquistar.

Esperemos pela segunda temporada, pelo que cada personagem nos irá trazer. Talvez minha opinião e a sua mude sobre cada um. Mas até lá, discuta conosco aqui nos comentários sobre suas perspectivas, anseios, desgostos sobre o final dessa primeira temporada.

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