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REVIEW FEAR THE WALKING DEAD S03E13 – This Land is Your Land: Não há lugar como o nosso lar

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do décimo terceiro episódio, S03E13 – “This Land is Your Land”, da terceira temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

Nesse novo episódio vimos vários infectados, e não estou falando dos que estão fora da despensa, e várias surpresas e histórias, me lembrei do Mágico de Oz, e acho que assim como Dorothy, essa jornada mostra que Alicia cresceu, e agora procura pela estrada de tijolos dourados que a levará de volta para casa, mesmo sabendo que ela não existe mais…

Alicia está no chão, descansando a cabeça nas mãos recuperando o fôlego, horrorizada com o que suas próprias mãos fizeram. Ela foi colocada em uma posição que não imaginava antes ter que viver: a adolescente princesa, beirando a idade adulta, foi forçada a ser a líder e dar esperança para todos os habitantes do Rancho que estão trancafiados na despensa esperando por um milagre ou pela morte. É uma luta silenciosa em que vemos Alicia mesmo com as olheiras e o cansaço lhe arrasando, (literalmente, palmas para a equipe de maquiagem) tem que enfrentar.

Do lado de fora da despensa, Nick não permite que Troy enterre seu irmão porque não há tempo para isso. Nick já tinha dado indícios de que deveriam se apressar, no episódio anterior, quando disse a Troy que ele poderia dormir e descansar quando estivesse morto. O plano é chegar à reserva de combustível do rancho e explodir, esperando que a explosão atraia a horda para que eles possam resgatar as pessoas que estão na despensa. Eles desencadeariam uma explosão inicial como uma distração. Mas, enquanto Troy dirige imprudentemente através da horda de infectados, acaba batendo em um trailer agora abandonado. Eles são forçados a correr em meio aos infectados para o helicóptero que está por perto.

Na despensa, Alicia, Ofélia e Crazy Dog (confesso que comecei a gostar dele) rapidamente constatam que o ar não está mais entrando pela abertura de ventilação. Alicia calcula que, se eles não conseguirem solucionar o problema, eles terão aproximadamente duas horas antes de serem todos envenenados pelo dióxido de carbono. Ofélia e Crazy Dog se oferecem para solucionar o problema e entram nos dutos de ventilação para verificar e tentar corrigir o problema com o fluxo de ar, mas levará horas antes que eles possam voltar – o que leva a uma dura realidade, terão que sacrificar os que foram mordidos, e ganhar algumas horas preciosas de ar para os demais.

Crazy Dog pensa que ele terá que forçar as execuções, mas quando Blake revela sua mordida (Alicia avistou-a mais cedo enquanto procurava alimentos), os mordidos tanto do Rancho quanto da Reserva se apresentam. Eles encontram uma caixa de morfina e seringas para dopa-los e na verdade, depois matá-los, já que logo eles se transformarão, no entanto, as pessoas se recusam a morrer. É difícil para Alicia confrontar seus vizinhos sobre a sua situação e pedir para que eles morram para proteger os outros. É ainda mais difícil para ela falar com eles enquanto imploram e pedem mais uma hora para viver. É praticamente impossível que ela seja a única pessoa a tirar suas vidas. É como um conflito, pois Alicia sempre pregou a conversa para a solução de conflitos ao invés da guerra e morte, e agora nesse ponto, ela mesma pede que eles se entreguem a morte. Acho que começo a entender um pouco mais Alicia, ela sempre se sentiu como um prêmio de consolação para a mãe pois Nick sempre foi o favorito. Nick é o carismático, o que sempre cativa todos a sua volta, e mesmo quando começou a usar drogas, sua mãe dava mais atenção a ele que a Alicia. Ela sempre sentiu que injustiçada e deixada de lado (quando ainda estavam no Hotel a procura de Nick e Madison lhe disse que seu pai havia se matado, ao invés de receber consolo da mãe, Alicia foi informada que Madison precisaria muito mais da força da filha), mas provou alguns dos frutos de seu trabalho, e Nick voltando à cena fez com que essas questões fossem difíceis de ignorar. Depois de alguma discussão ela consegue convencer a todos que os seus sacrifício beneficiará os demais.

Ela pede que o primeiro a ser sacrificado seja voluntário, e é um homem idoso da Reserva. É mais uma pergunta para si mesma. Ele já aceitou seu destino, mas ela é quem deve ceifar sua vida. Quando termina, ela sai correndo detrás das tiras de plástico transparente penduradas – parecendo a entrada de um matadouro – e se esconde na parte de trás de uma das prateleiras da despensa para extravasar os sentimentos, chorar e entrar em pânico. Uma mulher mais velha vem ao seu lado, não para consolá-la, mas para lhe trazer a realidade e lembrar a ela de sua tarefa. A de dar cabo aos mordidos e permitir que os outros tenham chances de viver. E então, quando no chão, coberto pelo cheio de sangue, nos permitindo ver o reflexo de Alicia, só resta Blake para matar.
É sempre assim, como praga que assola os sobrevivente, por serem os “fortes”. Mesmo quando se encontra um lugar – um santuário, uma prisão, um rancho – que você acha que vai durar, tudo acaba e é consumido, e como se está em uma condição de sobrevivência, acaba ainda mais rápido. Várias e várias vezes, seus amigos novos ou velhos e entes queridos serão atingidos. E assim, a esperança de Alicia vai cada vez mais diminuindo. Ela perdeu tanto e, novamente, encontra-se sozinha, suportando o peso das mortes que teve que provocar.

“Está bem. Você vai ficar bem”, ela diz a Blake chorando, e então ele pede perdão por seus erros passados. Seus olhos, no entanto, revelam lentamente sua verdade à medida que sua vida se desliza: ela não tem certeza se ele ou ela mesma ficarão bem.

Em meio aos desmaios provocados pelo excesso de CO² e a falta de oxigênio, Alicia vê que, algumas pessoas estão voltando como infectados e ela acaba tendo que lutar com uma mulher recém transformada, e mesmo sem forças e oxigênio, consegue matá-la, mas a infectada acaba caindo sobre ela e Alicia desmaia de novo. O tempo e o oxigênio estão se esgotando.

Alicia recobra a consciência quando o oxigênio volta e ela está cercada por infectados se alimentando de todos os outros, ela consegue se desvencilhar deles e puxando o corpo de Christine para dentro da gaiola onde se encontra o arsenal, ela apanha uma arma para lutar contra os infectados. Uma explosão rasga pelo ar e agita o chão enquanto ela se posiciona para atacar e quando as balas rapidamente se esgotam, e ela tem que se contentar com a arma, a faca e os punhos para lutar pela sua vida, enquanto os infectados se aproximam.

Tiros rasgam o ar e acabam com os infectados próximos de Alicia enquanto Madison surge junto a Victor, Walker, Nick e Troy. Mas Alicia parece triste, mesmo com a presença deles para lhe salvar pois percebe que Christine não conseguiu, e ela começa a chorar enquanto ela desliza sua faca no crânio da mulher. Coberta do sangue daqueles que deveria proteger, ela lentamente sai da despensa com os corpos empilhados atrás dela.

Deste modo, percebo que voltamos a repetir a história. O novo lar ruiu e ai é que está o perigo: repetir o mesmo padrão que vemos com muito mais facilidade que eu gostaria: o grupo se instala em um local que prova ser insustentável e eles se mudam para outro e de novo e de novo e de novo.

Agora eles estão planejando ir para a barragem. Madison e Walker revelam a Ofélia que seu pai ainda está vivo e procurando por ela. Alicia, no entanto, diz que não irá com eles, após saber da morte de Jake, o choque por ter matado pessoas mordidas e a falta de oxigênio, ela decide que irá para o local onde Jake, antes de sair em busca do irmão, tinha lhe mostrado como um novo refúgio só para os dois. Talvez o luto a Jake ou talvez ela tenha baseado sua decisão depois de sair da despensa, mas ela está cansada de lutar e matar por algo que pode não existir e cansada de correr de um lugar para outro por medo do que acontecerá com aqueles que a rodeiam.

Alicia avisa que irá para a cabana que Jake falou, e Nick e Troy a seguem para garantir sua segurança. Madison, que na verdade não apresenta tanta resistência às exigências de Alicia, instrui seu filho a trazer Troy com ele, porque a barragem provavelmente não vai aceitar muito bem a sua personalidade – e porque acham que ele é inocente em tudo isso. Nick mente e diz que Troy tentou avisá-los sobre a horda, mas era tarde demais, deixando convenientemente a parte em que ele era o único que liderou os mortos na fazenda e observou como as pessoas foram massacradas. Por que as pessoas continuam a fazer vista grossa as ações de Troy? Pelo menos, talvez isso ofereça o suficiente de um meio para explorar a natureza perturbada de Troy ainda mais. Eles criaram uma cobra perversa e cheia de veneno e a colocam para dormir junto a eles, ou Troy, em uma atitude de redenção morra para salvar a todos, de forma super altruísta ou então ele se revelará o melhor vilão da série. A única certeza que fica é que a princesa Alicia realmente não existe mais, Alicia se tornou algo muito maior do que eu esperava no início da série, lá na primeira temporada quando ela perde o namorado de colégio. Alicia, na minha opinião, é muito mais forte e determinada que Madison com uma única diferença, Madison não mede esforços para salvar os filhos e seus próprios ideais enquanto Alicia lidera sempre pensando no bem comum, e luta pelo que acredita.

Abaixo, temos um espaço para você opinar e comentar livremente – dentro da moral da boa vizinhança – sobre a série, os episódios e todas as suas teorias.

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