Talking Dead

Talking Dead Fear Edition #2 – Alycia Debnam-Carey e Chris Sullivan

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Vimos que o Rancho Mandíbula Quebrada tem uma área desprotegida, que Madison viu os vídeos de Otto e teve uma noção de seu passado abusivo, e ficou muito desconfortável. Alicia foi a um estudo da Bíblia com os gêmeos, ficou chapada e bateu um papo com a cabeça chamada Geoff. No roteiro está escrito G-E-O-F-F. Nunca vimos escrito, mas é Geoff, com “G”. Enquanto isso, Nick e Troy levaram o “eles vão ou não se matar?” para outro nível na relação deles. Strand se encontra numa cela e foi visitado pelo anjo da morte, Daniel Salazar. Daniel está mesmo vivo? Ele vai ajudar Strand? Cadê a Ofélia? Pergunto de novo.

No Talking Dead de hoje, temos um dos astros de “Guardiões da Galáxia 2” e “This Is Us”, Chris Sullivan e Alycia Debnam-Carey, que interpreta Alicia, com “I”.

Chris Hardwick: Chris, também com “I”, Sullivan… A propósito, adorei o Taserface.

Chris Sullivan: Muito obrigado.

Chris Hardwick: Você foi fantástico em “Guardiões 2”. O que você pensou quando viu Alicia descer para o porão?

Chris Sullivan: Por ironia, foi uma das coisas mais normais desta temporada. Tipo, as pessoas mais ajustadas são esses gêmeos que moram no porão, eles fazem coisas que gêmeos não fazem.

Chris Hardwick: Foi uma grande revelação. Quem já não esteve numa situação em que não queria fazer algo ou não queria ir a um grupo de estudo? Tipo: “Somos judeus”, “Tudo bem, veremos o Velho Testamento”. “Droga!”. Entende?

Chris Sullivan: “Droga!” E no fim, eles só estavam curtindo um baseado, álcool… com uma cabeça severa…

Chris Hardwick: Chamada Geoff, com “G”.

Chris Sullivan: Isso. Geoff, com “G”.

Chris Hardwick: O que achou quando leu… Foi divertido vê-la ser uma adolescente, pra variar.

Alycia Debnam-Carey: Foi uma das coisas mais divertidas de ler e fazer, pois são jovens sendo normais. E foi uma chance pra Alicia, com “I”, ser normal. E foi ótimo. Foi uma leitura hilária. Ainda mais o Geoff, sentado lá na mesa, respondendo às perguntas, e perguntando…

Chris Sullivan: Estou ansioso para saber mais sobre o Geoff.

Chris Hardwick: Saberemos mais coisas, no futuro, sobre o Geoff. Ele é a peça que liga todas as coisas. Mas… Eu nunca curti baseado. Na faculdade, achava que meu coração fosse parar de bater, eu ficava paranoico. Mas imagino que se você fuma e se depara com uma cabeça decepada viva… Seria a coisa mais engraçada de toda a sua vida. É a cabeça de um homem! Não quero bancar James Lipton, mas como foi trabalhar com Geoff?

Alycia Debnam-Carey: Foi incrível, pois havia um ator de verdade ali. Eles subiram o cenário, então colocaram alguém debaixo da mesa, a cobriram, e ele fazia o que queria dentro da gaiola. Então quando eu olhava para o Geoff, eu o via fazer as coisas, reagir a qualquer maluquice.

Chris Hardwick: Foi um ótimo momento, também adorei como estavam fascinados… Você é algo exótico para esses jovens que viveram ali por quase toda a vida, tipo, “como será que é lá fora?”.

Alycia Debnam-Carey: E ela está revelando tudo.

Chris Sullivan: E estou estranhando isso. Esses jovens estiveram ali a vida toda, mas há quanto tempo aconteceu o Apocalipse?

Chris Hardwick: Não faz muito tempo.

Alycia Debnam-Carey: Alguns meses.

Chris Sullivan: Certo. Então, por que viviam tão isolados?

Chris Hardwick: Acho que a ideia daquele lugar é que era um acampamento de sobrevivência pré-apocalipse.

Chris Sullivan: Sendo assim, eles já estavam lá bem antes disso tudo.

Chris Hardwick: Acho que muitos já estavam. Ou alguns. Acho que alguns não estavam, outros nasceram e viveram lá, e, de fato, não viram nada além daquele lugar.

Alycia Debnam-Carey: O incrível é que eles eram os mais preparados para isso, mas ainda não tinham visto nada do Apocalipse.

Chris Sullivan: Parece que, com o tempo, as pessoas continuavam… Achavam que o Apocalipse fosse acontecer, e esse grupo teve sorte.

Chris Hardwick: E o infocomercial foi uma grande sacada pra começar o episódio. Foi demais começar assim.

Alycia Debnam-Carey: Não foi demais? Queria estar lá para ver a filmagem. É muito engraçado ver o Dayton filmando. Os erros são incríveis.

Chris Hardwick: Acho que todo fã se pergunta: “O que vocês estavam fumando, na verdade?”.

Alycia Debnam-Carey: Era só uma erva.

Chris Hardwick: Marijuana também é uma erva.

Alycia Debnam-Carey: Eu não sei, você pensa que… Há tanta mágica no cinema, tipo, gosma ter gosto de chocolate, e tantas outras coisas. Acho que fizeram com vapor de água. É uma espécie de cigarro falso. Você acha que vai ter gosto de doce, mas, em vez disso, tem gosto de musgo e tal.

Chris Hardwick: Temos tecnologia pra dar gosto de chocolate, maconha e tudo mais.

Chris Sullivan: As pessoas aspiram creme de menta.

Alycia Debnam-Carey: A tosse foi bem real.

Chris Hardwick: Eu estava… Eu não esperava a resposta, quando disseram: “Como foi matar aquele cara?”, e você disse: “Moleza”. Foi verdade ou foi a Alicia chapada falando?

Alycia Debnam-Carey: Acho que é verdade. E o legal da cena é que ela finalmente se abre um pouco. Ela sente que talvez esse lugar tenha uma energia um pouco mais agradável. Ela pode relaxar um pouco, dar um tempo de todo esse estresse de ter matado alguém, do Travis… E a verdade, nesse momento, é que foi fácil. Mas as consequências do que aconteceu depois, em lidar com isso mentalmente, com o estresse, o cansaço emocional. Mas, agora, você só quer saber de sobreviver. Então, matar é uma culpa que ela leva, mas que, de fato, foi fácil. E essa foi a primeira vez que ela admitiu isso. E é uma reação curiosa para se ter, não é uma Alicia estoica e forte, ela só está se abrindo.

Chris Sullivan: Ainda mais para uma personagem que sempre andou na linha. E ela se afasta da família, não que seja a primeira vez, mas ela se insere em um novo grupo social, e se dá uma chance de estar no topo, pois estão atrás dela, das respostas dela como uma guia.

Chris Hardwick: E ela está respondendo. E ela os deixa pasmos: “Às vezes você tem que lidar com suas merdas”. E eles: “O quê? O quê?”.

Chris Sullivan: Tipo uma criança: “Você tomou cerveja? Como é que foi?”.

• Tradicionalmente, no final do segundo bloco do programa, o quadro In Memorian (Em Memória) homenageia os mortos durante o episódio.

– O sujeito que cai;

“Ou Strand está ficando doido, ou o Daniel voltou mesmo. De qualquer modo… estamos muito animados.”

“A dinâmica entre Madison e Troy é uma dança delicada. Madison saca quem era o Troy antes disso, isso lhe dá uma vantagem sobre ele, e ela começa a controlá-lo. Quando Troy surpreende Madison no alojamento dela, ela fica desconsertada. É uma hora perigosa. Dá pra ver que Madison se sente ameaçada. Troy avisa que estava ligado nela. Ele viu, em seu discurso sobre o Travis, o sentido duplo daquelas palavras no acampamento, e diz a Madison que ela está se fazendo de vítima. Madison se vira pra ele e diz: “Mas você é a vítima, certo?”. Acho que Madison termina a cena no controle, quando o faz arrumar a cama. ‘Você tem que respeitar a mim e o meu espaço’.” – Kim Dickens (Madison)

Chris Hardwick: Alycia olhou para esse avião que estava aqui na mesa e disse: “acho que já vi isso em algum vídeo… Ah é, foi na série”.

Alycia Debnam-Carey: Parecia tão familiar.

Chris Hardwick: O que achou da Madison mandando o Troy arrumar a cama?

Chris Sullivan: Ela é ligada em assuntos psicológicos melhor do que ninguém. Ele a pega desprevenida, diz que estava ligado nela, e o jogo vira, colocando-o de volta em seu lugar. E tem algo estranho rolando entre eles, e estou curtindo.

Alycia Debnam-Carey: Ele está ficando mais estranho.

Chris Hardwick: Já falamos sobre isso. Não sei se é maternal, ou se ela está explorando… Pois ela põe um guardanapo no colo dele. Ela pensa: “Estou sendo maternal”, e ele: “Isso vai esconder minha ereção”.

Chris Sullivan: E acho que ela está jogando com as duas coisas.

Chris Hardwick: Eu também acho! É muito estranho!

Alycia Debnam-Carey: Mas é demais, não é?

Chris Hardwick: É, sim!

Chris Sullivan: Ela aprendeu que esse rapaz precisa de uma mamãe. (risos)

Chris Hardwick: E explicaram lindamente o fato da mãe dele ser doente, d ele ter perdido a mãe… Toda essa história sugere que ele tem problemas com a mãe, e parece que ela está explorando isso.

Chris Sullivan: Ela sabe exatamente como deve agir.

Chris Hardwick: “Este cara está na minha mão. Arrume a cama, garoto!”. E ele: “Sim, senhora”.

Alycia Debnam-Carey: Ela volta às origens dela. Ela era conselheira. Ela só está jogando.

Chris Hardwick: Às vezes me pego pensando: “Acho que eu não devia ver isso”, eu me sinto estranho por dentro. Por que Alicia critica o Nick por querer sair do rancho?

Alycia Debnam-Carey: Eles sacrificaram muita coisa para chegarem ali. Acho que há uma certa culpa por trás disso. “Perdemos o Travis para chegar aqui, temos que honrar isso”. Creio que Alicia e Madison estão em sintonia quanto a isso. “Esta é nossa nova casa”. E eles sabem que não há outro lugar melhor. Este é um grande santuário para se ficar. E outra, ele volta com uma namorada, está tudo joia…

Chris Sullivan: Talvez um namorado.

Chris Hardwick: Não sabemos. Parece que também há uma tensão com o Troy. Troy vai apelar pra toda família Clark. Mais cedo ou mais tarde, todos experimentarão o Troy.

Chris Sullivan: Será a 4ª temporada.

Chris Hardwick: A 4ª temporada será estranha, sabe, tipo… o Troy será basicamente o boneco sexual da família Clark.

Chris Sullivan: Ele vai virar “This Is Us”.

Chris Hardwick: Outra série, a propósito. Não há zumbis, mas é outra série que você identifica com o fato que “Pois é. Está é uma série onde pessoas morrem.”

Chris Sullivan: Tudo pode acontecer. Pulamos pra frente e pra trás no tempo, então… É como o que houve comigo. No meio da 1ª temporada, meu personagem tem um problema cardíaco e cai. Por sorte, sobrevivi, mas agora eu sei que os roteiristas e Dan Fogelman só disseram: “Saiba qual é o seu lugar, pois seu personagem tem um problema cardíaco”. Ele pode morrer assim.

Chris Hardwick: Seu agente te liga e você: “Pode me dar um aumento?”, “Problema cardíaco”. Clique. Mas você usa uns dispositivos na série.

Chris Sullivan: Sim, é uma roupa protética. Tem uma estrutura na calça e na parte de cima.

Chris Hardwick: Talvez um dia desses, entre o Taserface e isso, você seja como você mesmo.

Chris Sullivan: Toby foi o mais próximo que já fiz de mim mesmo. Passo muito tempo… Quando se é um ator com 1,95m, você passa muito tempo com próteses e passa muito tempo morrendo. A estrutura de uma série, certos personagens… números, 7, 8, 9, sempre há um risco.

Chris Hardwick: Se fosse ator nos anos 80 ou 90, você seria morto por Steven Seagal, Jean-Claude Van Damme, Dolph Lundgren… Se você fosse um capanga, seria morto em alguma hora.

Chris Sullivan: Eu vestiria uma roupa vermelha em “Star Trek”.

Chris Hardwick: Com certeza. Quero falar um pouco do canivete butterfly. Alicia tem um grande…

Alycia Debnam-Carey: É de verdade?

Chris Hardwick: Acho que este não.

Alycia Debnam-Carey: Ah… Não está muito lubrificado. Não sei se consigo fazer truques com ele agora.

Chris Hardwick: O que esse canivete representa quem ela é agora?

Alycia Debnam-Carey: É estranho, pois isso virou… como eu disse, algo assim. Meio que representa… Não sei, ela nem fala mais nele, pois isto representa que ela matou alguém, um homem adulto. Eu não… Na cena inicial, na verdade, no episódio 301, ela entrega para Madison, após tirar da bota, e diz: “Eu não pensei em nada, apenas agi”. Esse desdém, talvez ela não queira confrontar as coisas que teve que fazer. É tipo… ter o canivete, mas desprezando-o.

Chris Sullivan: O equivalente, nos anos 80, seria Steven Seagal olhando para as mãos trêmulas e ensanguentadas… “O que essas mãos fizeram?”

Chris Hardwick: “Que horrores elas realizaram?”, “Sou uma arma ambulante”.

• Pergunta feita por um fã da internet (Raymond Dabbs): “Alycia, como você acha que foi a infância de Nick e Alicia?”

Alycia Debnam-Carey: Uau! Boa pergunta.

Chris Hardwick: Tenho um palpite, mas quero ouvir você.

Alycia Debnam-Carey: Quero saber oque você acha.

Chris Hardwick: Acho que a adolescência deles foi assim: Alicia era certinha, inteligente, preparada, então ela não ganhava muita atenção, pois Madison ia atrás de Nick, tirava-o de enrascadas, levava-o para casa e o colocava de castigo.

Alycia Debnam-Carey: Sim! Ele era o complicado, ela, a criança exemplar, mas acho que eles sempre se amaram e se davam bem. Mas depois que o pai morreu, aí foi o verdadeiro divisor de águas.

Chris Sullivan: A morte do pai pode levar dois jovens a trilhar caminhos diferentes. Você levantou a cabeça e seguiu em frente, e ele tropeçava por todo caminho que aparecia.

“Dayton Callie é como meu suéter preferido. Trabalhamos juntos em “Deadwood”, e eu e Dayton tínhamos uma história especial nessa série. Todos nós de “Deadwood” tivemos uma ligação, muitos mantêm contato, e, às vezes, até nos encontramos. E Dayton é uma dessas pessoas especiais, pra mim. Então foi muito bom voltar para fazermos dois personagens totalmente diferentes, juntos. Voltamos a ficar em sintonia.” – Kim Dickens (Madison)

Chris Hardwick: Todo personagem chamado Jeremiah não dá pra confiar. Alguma hora, esse personagem fará uma besteira. Algo bíblico ou terrível ocorrerá.

Chris Sullivan: Algo bíblico.

Chris Hardwick: Nunca há um Jeremiah à toa numa série. São sempre muito precisos.

Alycia Debnam-Carey: Ou um Tyler à toa.

Chris Sullivan: Se querem que seja à toa, eles o chamam de Jerry.

Chris Hardwick: Jerry. Exatamente. Jerry à toa. Mas Alycia, o que… Dayton é um ator fabuloso. Como foi a inclusão dele no elenco?

Alycia Debnam-Carey: Ele tem sido incrível e é muito divertido no set. Eu devia falar o quanto ele é bom ator, porque é verdade, mas ele é a pessoa mais engraçada lá no set, ele constantemente sai do personagem de tanto rir, e isso faz todo mundo rir sem parar. Tipo, não dá para se recompor depois disso. Além de ser uma pessoa gentil e adorável. Ele manda todo mundo entrar na van de manhã, quando vamos para o trabalho. Ele usa pijama em toda parte. Parece que ele vive de pijama. Ele é o melhor…

Chris Sullivan: E por que não viver?

Alycia Debnam-Carey: Se você é Dayton Callie, por que não viver?

Chris Hardwick: Se eu trabalhasse de pijama no trabalho, diriam: “vá pra casa”. Mas com Dayton Callie é: “Chega mais, amigo. Vem aqui. Vamos abraçar”.

Alycia Debnam-Carey: Ele é o melhor.

Chris Hardwick: Vamos falar um pouco sobre OFDMCOC (TEOTWAWKI, em inglês). Sabem o que é isso? É um acrônimo: O Fim Do Mundo Como O Conhecemos. Não sei se… Acho que é um acrônimo, sim. Tecnicamente poder ser “inicialismos”, mas vou de acrônimo.

Chris Sullivan: Como a música do R.E.M.

Chris Hardwick: Está em uso desde o início dos anos 80, após o filme “Catástrofe Nuclear” ser lançado. Só alguns fatos: o filme mostra as consequências econômicas, ambientais e médicas de uma guerra nuclear. E também acho que remete aos sobreviventes da Usenet, lá por volta do século 20.

Chris Hardwick: O que acha das semelhanças entre Nick e Troy? Pois acho que estão construindo um “bromance” estranho. Eu não percebi isso, mas quando vi “vamos atirar um na cabeça do outro e lutar no chão”, aí pensei: “Ambos são uns ferrados, claro que se entrosariam”.

Chris Sullivan: Viciados em coisas diferentes.

Chris Hardwick: Isso mesmo. O que você acha que os une?

Alycia Debnam-Carey: Os dois são uns ferrados. São ferrados de modos diferentes.

Chris Sullivan: Há um fascínio por dor e sofrimento.

Chris Hardwick: Mas o Nick não quer causar, ele quer viver isso.

Chris Sullivan: Infligir nele mesmo.

Chris Hardwick: Exato. Ter essa experiência, como o Erickson disse no episódio anterior. Acho interessante, pois o Troy tem problemas com a mãe, e o Nick tem problemas com o pai. Mas juntos…

Chris Sullivan: É o casal perfeito.

Alycia Debnam-Carey: E Madison está focada nos dois. De novo.

Chris Hardwick: Fora o momento estranho com Madison e o Nick.

Alycia Debnam-Carey: Ela está fazendo isso com todo mundo!

Chris Hardwick: Chris, você nunca sabe quem vai sobreviver em “This Is Us”. Que membro do elenco você acha que sobreviveria a um Apocalipse de zumbis?

Chris Sullivan: Com certeza, o Milo. Milo Ventimiglia pode sobreviver a tudo. Esse cara está bem equipado, está bem preparado, ele é instruído e eu acho que… Uma coisa que a série costuma mostrar é aquele que sobrevive, que cria comunidade e se cerca de gente confiável… Esse é o Milo.

Chris Hardwick: Isso é ótimo. Alguém alertou que eu devia… Sua série é tão emocionante de assistir, que precisava de um programa depois dela. Todos me falam: “Devia fazer um programa depois”. E um cara sugeriu um nome perfeito para o programa: “That Was Them”. Alycia, agora que você está nessa série há três temporadas… Eu apresento Talking Dead e ainda penso: “Se houvesse um Apocalipse agora, o que eu faria?” Você já aprimorou suas habilidades de sobrevivência para o Apocalipse?

Alycia Debnam-Carey: Não.

Chris Hardwick: Nadinha? Você sabe usar um canivete butterfly.

Alycia Debnam-Carey: Acho que eu ainda seria péssima no Apocalipse. Na verdade, acabei de notar como eu seria ruim. Vejo o que acontece com esse povo na série, e penso: “Nossa, eu já era”.

Chris Sullivan: Mas você conhece Cliff Curtis, o mestre da sobrevivência.

Chris Hardwick: Ele é mesmo. Se você for pra Nova Zelândia vai ficar bem.

Alycia Debnam-Carey: Se eu ficar cercada por uma boa família e uma equipe, eu vou ficar bem.

Chris Hardwick: A maioria das pessoas, e acho que todos vão concordar, ficará ferrada se houver um Apocalipse, pois como vamos conseguir água limpa? Como cozinharíamos? Às vezes vejo vídeos de sobrevivência no YouTube, e penso: “Questão de segundos e já esqueço o que devia fazer”.

Alycia Debnam-Carey: Lembro que a primeira vez que vi o Bear Grylls, pensei: “Meu Deus”. Eu duraria dois segundos.

Chris Hardwick: Tem um canal ainda melhor de se ver no YouTube: “Primitive Technology”. Já viram o cara do “Primitive Technology”? Ele constrói as próprias coisas com qualquer coisa. Ele está praticamente nu. Ele é um jovem destemido milenar. Ele faz coisas na lama. Faz fogão de barro, constrói as ferramentas, faz sua própria cabana e sua comida. É incrível. É inacreditável de se ver.

Alycia Debnam-Carey: Filmamos em noites congelantes, e eu mal suportava isso. Cheguei numa rápida conclusão: eu não duraria no frio.

Chris Hardwick: Você mal sobreviveu à filmagem do Apocalipse falso.

Alycia Debnam-Carey: Vou ser honesta. Por que mentir? Eu seria um peso morto.

Chris Hardwick: Eu diria: “Cansei. Comam meu delicioso rosto ensanguentado”.

• Durante o quadro Inside the Dead ficamos conhecendo algumas curiosidades sobre o episódio:

– Alguns telespectadores podem reconhecer o homem que Dante joga da represa. O ator Daniel Moncada, fez um dos primos em “Breaking Bad” e “Better Call Saul”.
– A represa do Dante é real, nomeada em homenagem ao 43º presidente do México, Abelardo L. Rodriguez. A represa está localizada acima do rio Tijuana, que é intermitente e corre por 190km de distância.
– Os javalis que os fazendeiros caçaram e comeram são animais de verdade, chamados Pecari. Pecaris são conhecidos por seus cheiros pungentes, daí são apelidados de porcos-gambás.

• ENTREVISTA COM A PRODUÇÃO E O ELENCO:

“Está é a Represa Rodriguez. Estamos ao lado de Tijuana. E este é o local de um dos vilões desta temporada, o Dante. Todos que o traem são atirados desta represa atrás de mim, e há uma pilha de corpos lá embaixo.”Ryan Scott (roteirista)

“A represa, no geral, era perigosa, com a equipe movendo andaimes para as câmeras e para subirem.”James Armstrong (coordenador de dublês)

“Fomos pra lá um dia antes, para garantir a segurança, pois você não sabe se vai ter vertigem, como o corpo vai reagir…”Colman Domingo (Victor Strand)

“Fizemos a cena em duas áreas, uma onde dava pra empurrá-lo de uns 3m em cima de almofadas; e a outra, há uns 60m da beirada, onde ele só fingiria e pararia, mas ainda era muito assustador e perigoso para o cara fazendo o ensanguentado, o dublê.”James Armstrong (coordenador de dublês)

“Simulamos a queda com um manequim. Pegamos um manequim articulado, enchemos de chumbo nos braços, pernas, peito, o deixamos com uns 55kg. Eles o posicionaram e o jogaram. O peso simulou a realidade de um corpo.”Scott Roark (técnico em efeitos especiais)

“O manequim caiu 45m antes de começar a bater nas coisas, e lembrou a todos o quanto era perigoso estar naquela altura.”James Armstrong (coordenador de dublês)

• Pergunta feita por um fã da plateia (Dara): “Alycia, o que a Alicia, com “I”, pensou quando a Madison se ofereceu para ir à missão achar McCarthy?”

Alycia Debnam-Carey: Manobra clássica da Madison. Lá vai ela de novo. Acho que… É uma hora em que… “Estamos ferrados, comprometidos, e estamos aqui. É isso aí.” Ela está junto com os habitantes. “Lá vamos nós.” E também, Nick e Alicia ficam: “O que ela está fazendo?”.

Chris Sullivan: Eles estão cientes da manobra dela? Saberiam dizer o que ela está tentando fazer?

Alycia Debnam-Carey: Eu acho que… não completamente, mas sabemos que ela admitiu. “Mesmo que tivermos que tomar este rancho, é o que faremos”.

Chris Hardwick: Mas eu acho que parte disso, também, foi com aquele idiota irritante na barraca… “você precisa merecer”, sabe? Então, para ela é: “Certo, farei o que for preciso”. Ela está se infiltrando rapidamente, e com tudo.

– A fã que fez a pergunta ganhou um Geoff engaiolado.

Chris Sullivan: Será um item pessoal interessante de se viajar.

Chris Hardwick: Chris, você acha que o Jake tem algum controle sobre o Troy?

Chris Sullivan: Não. Ninguém controla o Troy. Só o Troy controla o Troy.

Chris Hardwick: E, talvez, a Madison um pouco.

Chris Sullivan: Acho que a Madison vai descobrir.

Chris Hardwick: Faz sentido ficar atraído pela moça que enfiou uma colher no seu olho.

• Pergunta feita por um fã da internet (@ADarkCreature): “Alycia, o que acha que a Madison sente por Alicia ter matado uma pessoa?”

Alycia Debnam-Carey: Acho que não vimos muito o que a Madison acha disso.

Chris Hardwick: Você acha que eles confiam nela?

Alycia Debnam-Carey: Se os filhos confiam na Madison? Ela já fez coisas estranhas. O lance com Alicia é que ela ficou isolada da dinâmica familiar, mas ela, também, sempre lidou com as coisas sozinhas, e Nick sempre sendo o problemático, ela vai até ele primeiro. Há uma admissão de… “Você não tinha que ter feito isso. Se passarmos por isso de novo, será eu”. Falando como a Madison. Acho que é um lance que ela ainda precisa resolver sozinha. O legal deste episódio é que ela finalmente fala sobre isso com outras pessoas. E ela descarrega o estresse, a culpa e a escuridão com pessoas que nem estão envolvidas com ela.

“Acho que Thomas Abigail e Victor Strand sacanearam esses caras, fecharam acordos que os beneficiavam no velho mundo. E agora o jogo virou. Strand não acreditaria nele se fossem sócios, mas ele não percebeu que Dante estava com ódio e com muita raiva de Victor Strand. E agora ele estava pronto para virar o jogo. Dante literalmente tinha Victor a sua mercê. Foi uma das coisas mais assustadoras para Victor Strand, alguém tão pragmático, com seus próprios meios, que sabe o que vai fazer pra estar no controle. O que fazer com alguém que sempre esteve no controle? É só trancá-lo.” – Colman Domingo (Victor Strand)

Chris Hardwick: Esse foi Colman Domingo falando sobre Strand e Dante, que é tipo um Negan latino. Perceberam isso? Ele está nesse complexo, controla muita coisa, bem vestido, ele tem uma prisão onde mantém as pessoas, para dominá-las. Quero muito ver como isso vai continuar. Você ficou surpreso ao ver Strand novamente em apuros?

Chris Sullivan: Strand só se mete em apuros. É quase o negócio dele. É o modo que ele usa pra manipular as pessoas. Seja como for, ele se mete em encrenca com elas. De um jeito ou de outro, ou ele as ajuda a sair dessa, ou ele mesmo sai dessa. Adoro esse personagem e amo Colman Domingo. Ele é um dos atores mais fascinantes trabalhando hoje.

Chris Hardwick: Ele é ótimo. E é interessante ver que em um mundo pré-apocalipse havia um sistema onde ele conseguia se esgueirar pra dentro e pra fora. E agora, ainda mais com Dante, ele está sendo responsabilizado. Tipo: “Agora você vai pagar por tudo”. E, com certeza, acho que Dante sabe que Strand é valioso, e ele o fará trabalhar. Está muito claro que Dante está jogando. Acha que Daniel estava lá de verdade, ou que foi uma alucinação?

Chris Sullivan: Eles não aprontaram nada, ele não passou por algo tão terrível, fora ser quase atirado da represa, a ponto de entrar em um estado de alucinação. Parece que a água estava mesmo lá. Então, não sei. Tem alguém ali.

Chris Hardwick: Talvez tendo que… Sim, tem alguém ali mesmo. Acho que vamos descobrir muito em breve a resposta. O que achou quando descobriu que Rubén voltaria pra série?

Alycia Debnam-Carey: Ficamos muito animados em tê-lo de volta. Pois ficamos sem ele durante muito tempo. Ele tem um ótimo personagem e é muito divertido no set. Também é um exímio contador de histórias. Ele é fantástico.

Chris Hardwick: Rubén é um homem adorável.

Alycia Debnam-Carey: Ele realmente é. A pior parte foi que não podíamos falar nada. Os publicitários da série viviam dizendo: “Shhh. Não!”.

Chris Hardwick: Pois não o vimos morrer. Ficou no ar, mas, de fato…

Chris Sullivan: Você tem que ver a pessoa morta.

Chris Hardwick: Nesta série temos que ver a pessoa morta. Você não sabe o que vai acontecer. Às vezes as pessoas rolam para debaixo de lixeiras. Às vezes isso acontece.

“Quando li o roteiro pela primeira vez, fiquei feliz por voltar ao trabalho, depois, que eu ia dialogar com Strand, pois tivemos uma conversa dado momento, acho que na primeira parte da 2ª temporada, ele disse: “Pare de andar ao meu lado. Você parece anjo da morte”. E eu disse: “Também posso ser um anjo, seu anjo da guarda”. Então ele foi esperto em usar isso como uma ligação com Strand.” – Rubén Blades (Daniel Salazar)

MENSAGEM DE MERCEDES MASON (OFÉLIA):

Prévia do próximo episódio:

Chris Hardwick: Agora, o que você acha?

Chris Sullivan: Tudo bem, ele voltou. Demais!

Chris Hardwick: Ele voltou. Parece que voltou. Sabia que teríamos esse vídeo, eu não quis falar antes, pra não estragar tudo. Tipo: “Você vão descobrir no vídeo, daqui a pouco”. As pessoas querem suspense.

• Pergunta feita por um fã da internet (@WorkBiyatch): “Alycia, quem faz as piores piadas no set?”

Alycia Debnam-Carey: Provavelmente eu. Não conto boas piadas.

Chris Sullivan: Foi uma resposta segura.

• Pergunta feita por um fã da internet (@SherlockU): “Chris, se pudesse participar de Fear the Walking Dead, qual seria o nome do seu personagem, sua melhor habilidade e como ele morreria?”

Chris Sullivan: Puxa! Azrael Grimm. Minha habilidade seria artes marciais. E eu não morreria!

NO PRÓXIMO TALKING DEAD:

Rubén Blades (Daniel Salazar), Drew Scott (Property Brothers) e um convidado surpresa

Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos, às 22h, e o Talking Dead Fear Edition vai ao ar nas madrugadas de segunda para terça, às 00h, no canal AMC Brasil.

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