2ª Temporada

Promovendo a 2ª temporada de Fear the Walking Dead: Entrevista com Kim Dickens e Colman Domingo

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A convite do AMC, nós tivemos a oportunidade de reencontrar e conversar com o elenco de Fear the Walking Dead em uma coletiva de imprensa para promover a segunda temporada da série. O evento aconteceu em Beverly Hills, Califórnia, no hotel Four Seasons, em Março. Jornalistas do mundo inteiro se reuniram para conhecer um pouco mais sobre a história do novo ano e dos personagens de cada um dos atores que se fizeram presentes. Abaixo você confere os detalhes das entrevistas com Kim Dickens (Madison Clark) e Colman Domingo (Victor Strand).

[PARTE 1] Entrevista com Alycia Debnam-Carey e Frank Dillane

Oi, Kim, você pode falar um pouco sobre os novos desafios dessa temporada com o novo elemento de estar na água e filmando em um barco e também, talvez seu relacionamento com diferentes personagens, especialmente com Alicia?

Kim Dickens: Bom, essa temporada nos coloca em um ambiente completamente diferente, no oceano em um barco, nos elementos e nenhum de nós é navegante, exceto o personagem dele. Mas você sabe, tem sido muito excitante para nós. Nos ofereceu muitos novos desafios como atores, você sabe, apenas para trabalhar onde tem muita água, coisas de segurança, que tivemos que fazer, existe toda uma equipe de segurança na água, e coisas novas que precisamos aprender e você sabe, nós gostamos muito de desafios.

No que diz respeito aos personagens, estamos todos desafiados agora por estar neste barco, meio que se torna uma caixa inflamável de emoções com sete pessoas diferentes, você sabe, com diferentes ideias e motivações diferentes e coisas com que eles estão lutando e tentando conciliar. Quanto ao meu relacionamento com a minha filha Alicia, ela sempre foi a criança de ouro, e seriamente, a roda sibilante que recebe a graxa, no que diz respeito ao meu filho. Então ela sempre foi, e tem problemas com isso, mas você vai começar a ver nesta temporada que ela está pulando um pouco para fora do velho bloco e ela é realmente como uma pequena Madison, e acho que Madison vai chegar a termos com isso tão bem que ela é, você sabe, tornando-se uma jovem mulher neste apocalipse talvez bem antes do que ela teria que fazer em uma sociedade normal.

“The Walking Dead” recentemente recebeu algumas críticas por ter matado uma de suas personagens lésbicas, e teve alguns problemas no passado, matando alguns atores negros. Você acha que o show deveria ter a responsabilidade de manter a diversidade?

Colman Domingo: Do que, especialmente nosso showrunner Dave Erickson, expressou anteriormente, é que mesmo em nosso universo de “Fear the Walking Dead”, eles contratam quem eles acham que são os melhores atores para os papéis e, infelizmente, eles tem que encontrar seu fim antecipado e, infelizmente eles também são – você sabe, afro-americanos, mas eles também são – nós temos outros pessoas de cor, digo, outras raças também, mas é claro que focamos nisso. Mas você sabe, eu amo que foi quase um pequeno segredo de certa forma, saber que eu estava chegando no episódio 5, foi tipo não, esse realmente não é o caso. Eu acho, claro, acho que com qualquer coisa, em qualquer universo, deve ter, você sabe, um chamado para a diversidade, claro.

Felizmente, quer dizer, eu acho que é apenas a conversa que precisa se ter constantemente, em termos de escolha de elenco, mas novamente, nós não queremos não contratar porque temos medo deles serem mortos, então assim, isso não ajuda o problema da diversidade. Então eu acho que é como você está tentando contratar os melhores atores para os papéis. Então é só isso, é uma conversa muito interessante para se ter, mas eu acho que é uma conversa que apenas deve estar na mesa.

Kim Dickens: Eu acho, você sabe, a maior intenção do nosso show é de refletir honestamente a cidade que vivemos e eu sinto que é muito, bom, é obviamente uma cidade muito diversa etnicamente e eu sinto que representamos isso. No que diz respeito a contar a história, nós temos grandes escritores que contam histórias realmente boas e eu não acho que eles fazem isso de uma forma meio que manipuladora de, sabe, contratar um certo tipo de personagem para chamar atenção ou qualquer coisa, apenas para mata-lo, digo, esse não é o tipo de histórias que contamos.

Colman Domingo: Sim.

Bom, nós vimos os personagens cruzando uma linha em termos de sobrevivência tentando sobreviver. Então, como você vê isso e você sabe o quão longe seria capaz de ir a fim de sobreviver, talvez, agora, você já pensou sobre isso, agora que os personagens chegaram tão longe?

Colman Domingo: Eu nem sei exatamente o que é tão longe, eu acho que nós apenas não sabemos até que estejamos naquela situação, pra ser honesto. Eu acho, e isso é o interessante sobre esses personagens também, você não tem ideia, nós não temos ideia do que somos feitos e quando estamos nessa encruzilhada, o que vamos fazer, especialmente quando se trata de proteger suas famílias, proteger seus interesses, seus futuros de alguma forma, seus sonhos, suas esperanças, seus ideais, nós não temos ideia até que somos colocadas naquela situação, o que eu acho que é o motivo pelo qual é tão popular também, porque todos nós temos esses pensamentos, do que vamos fazer, se estivéssemos naquela situação. E até acho que se todos nessa sala concordarmos que achamos que sabemos o que faríamos, nós realmente não sabemos até que aquilo aconteça.

Kim Dickens: Agora, eu acho que é por isso que esse gênero é tão fascinante, porque você acha que a audiência pode meio que se identificar com esses tipos de medo primitivo que temos, como, e se nós não estivéssemos protegidos, e se a sociedade está se desintegrando a minha volta, e se o governo não está me protegendo, e se acontecesse um surto, você sabe, eu não posso proteger minha família. Eu acho que esse é um medo primitivo que temos. E meio que podemos explorar e interpretar isso através da história é um belo alívio e então você pode desligar. E sim, você pode fantasiar sobre o que você faria, digo, eu acho que se eu estivesse sendo ameaçada e poderia pegar o extintor de incêndio e, você sabe, se minha vida estivesse em jogo, eu não sei, eu não sei, mas é excitante. É uma história excitante de se contar a tal vida e morte em jogo, você pode realmente explorar todos os valores humanos e a ética da sociedade e como isso muda. Obrigada.

Kim, e o que significa interpretar Madison para você?

Kim Dickens: O que significa interpretar Madison pra mim, pra mim tem sido uma oportunidade incrível de estar a frente do show, de poder fazer um show de ação, nesse momento. É, ela é realmente, eu tenho sido abençoada em minha carreira de sempre poder interpretar personagens femininas complexas e multidimensionais e essa não é diferente, quer dizer, ela é um mulher de sangue completo e ela é feroz e forte e completamente falha e ela é durona. Então, tem sido realmente, muito divertida de interpretar.

Victor como um personagem – ele é deliciosamente misterioso. O quão confiável ele é e o que está passando pela cabeça dele agora na segunda temporada? Como você descreveria esse personagem, porque nós não sabemos tanto sobre ele?

Colman Domingo: Eu acho que Victor é alguém que acredita em coisas em termos preto e branco. Acho que o que ele diz ele realmente quer dizer, eu acho que ele pode não revelar muita coisa, porque talvez é sobre ele ser realmente estrategista e também lendo personalidades para descobrir se pode lidar com eles ou não. Ele também é alguém que acho que, não sei como valoriza o amor mas sei que apenas, o que sabemos dele agora, é que ele valoriza obrigação, se você for sólido com ele, ele será sólido com você. Você sabe, eu acho que ele é bem claro, honesto, eu acho que, estou apenas olhando e examinando o que ele fez na primeira temporada, que ele foi bem sincero sobre tudo mas não realmente, ele não tem muito cinza e muitas das coisas questionáveis que ele diz, ele diz o que quer e ele é incrível de se interpretar.

Como é trabalhar com mentes tão poderosas, como Robert Kirkman e Greg Nicotero, porque, assim, o modo que eles estão fazendo televisão hoje em dia é impressionante, então, o que você pode nos dizer sobre eles e da forma que você trabalha com eles.

Kim Dickens: Bom, assim, para nós, poder estar em um show com um visionário como Robert Kirkman, é incrível.

E, além disso, meio que estar nesse tipo de nova janela que ele abriu, que meio que não tem a Bíblia da história em quadrinhos para se basear, tem sido, apenas uma grande oportunidade que ele pensou, quer saber, existe uma outra janela para se explorar aqui e tem sido muito emocionante. As histórias, para mim cada episódio que recebemos, para todos nós, nos surpreende. Cada um deles, onde esse tipo de janela anterior onde nos permite ir e contar, nesse curto período de tempo para mim é fascinante. Explora muito do que as pessoas fariam naturalmente, o caminho que eles naturalmente trilhariam para tentar reconciliar o que está acontecendo com sua moral e com, você sabe, o comportamento normal, e eles, assim, eu acho que a maioria das pessoas lutaria para meio que voltar ao normal, para recomeçar, quando nós vamos recomeçar, porque o espírito humano é tão resiliente. Então esse gênero e esta obra de Robert Kirkam é tão madura com a história, é tão emocionante contar histórias nesse gênero, por tudo que você pode explorar. E então você tem Greg Nicotero e seu time, que apenas faz esse trabalho fenomenal e faz esses walkers e esses infectados, agora infectados alagados, a propósito, e fazem tão, apenas tão reais e assustadores e torturados, sabe é apenas, um gênero tão denso e lindo de se trabalhar.

Obrigado. Eu vi os primeiros episódios esta manhã, eu amo Victor, ele é meio que um babaca mas eu o amo.

Kim Dickens: Tão babaca.

Um babaca massivo, mas tenho que respeitar por isso. Então, em primeiro lugar, nós fizemos–

Colman Domingo: Bom, muito obrigado, eu gosto de interpretar um babaca.

Eu queria pergunta-lo, nós sabemos que a primeira temporada foi muito bem sucedida, a segunda temporada é mais longa, agora é um show de TV bem sucedido, tem mais dinheiro, tem orçamentos maiores, tem histórias maiores.

Kim Dickens: Tem?

Tem, bom, talvez tenha. Parece diferente fazer a segunda temporada de como vocês fizeram os seis episódios da primeira temporada? Você acha que, esses extras financeiros e a popularidade que vem com isso, fazem o show maior?

Kim Dickens: Sim eu acho, eu não acho que as diferenças financeiras porque, você sabe, nós ainda somos muito ambiciosos e nós temos muitos efeitos especiais, nesse caso estando na água, então, eu não sei, digo, não entendo muito de orçamentos. Eu sei muitas coisas, muita coisas está sendo filmada em diferentes estados na Califórnia e outros estados, e então diferentes países agora por incentivos fiscais, e eu acho que esse é alguma da motivação e para onde nós fomos enviados, mas também porque nós meio que surgimos à ocasião, os escritores e eles estão utilizando o país e – então não, eu acho que somos, sabe, bem na linha onde nós honestamente devíamos estar em uma segunda temporada no que diz respeito a contar a história. E eu acho que nós, como atores, e eu sei que os outros atores com quem falo, é como se nós fôssemos tipo, nós estamos lá e estamos trabalhando duro e isso apenas parece, você sabe, trabalho para nós, em um trabalho incrível para se ter, mas, você sabe.

Colman Domingo: Concordo, eu sinto que, não sei, eu cheguei apenas nos últimos dois episódios da última temporada, mas eu sinto como se, você sabe, mais do que tudo, sinto como se estamos em nossa própria espécie de pequena incubadora, estamos criando arte e isso apenas parece como se, nós estamos preocupados com a história e parece que todos eles estão apenas preocupados com o que faz sentido para o enredo, o que faz sentido para esse episódio e qual o orçamento que faz sentido para ele, para essas coisas serem feitas, não parece que de repente as coisas são, sabe, pomposas só porque–

Kim Dickens: Extravagantes ou–

Colman Domingo: Extravagante ou qualquer coisa do tipo, não, de forma alguma.

Olá, Kim [Dickens] eu queria perguntar a você, eu sinto que todas as coisas que vi você fazer recentemente, “Fear the Walking Dead”, “House of Cards”, “Gone Girl”, você sempre meio que traz um senso e sensibilidade em suas personagens e ela pode quase, todas essas personagens podem meio que ver através da mentira, eu acho. Eu só quero saber como você traz isso a um personagem que está meio que no fraco, percebendo que zumbis são uma coisa e, como você meio que mantém esse espaço com ela ou se você pode se divertir com isso e ir de lá.

Kim Dickens: Se Madison é como esses personagens?

Eu só penso em todas as personagens que vi recentemente, você meio que tem isso, ela é, elas veem através da mentira, você sabe, elas meio que sabem onde estão indo, sabe, ela é uma mulher forte, sim, e como você traz isso a uma mulher que está percebendo que o mundo foi para o inferno e que existem zumbis andando por aí.

Kim Dickens: Você sabe, que não sei, eu meio que, sabe, esse era um novo gênero para eu interpretar, e sabe, eu estava um pouco reservada no início só porque não era um gênero que eu seguia e era muito educada nisso e então eu li o roteiro e era apenas uma personagem muito relacionável, e eu pensei que está era a chave, interpretá-la em toda sua honestidade e tudo mais. Quanto a Madison ser uma, você sabe, detectora de mentira, eu acho que isso vem dela ser uma conselheira de ensino médio. Então, eu não sei qualquer sentido de, mas eu acho que você sabe então, ela vai ser muito humana e muito falha também, apenas porque ela está no meio do apocalipse o que pode ser um pouco diferente que uma repórter/jornalista em “House of Cards” ou uma detetive em “Gone Girl”.

Colman Domingo: Eu gostaria de adicionar algo sobre a Kim Dickens, também. Penso também que, há algo sobre a Kim [Dickens] e olhando para o segmento de seu trabalho como você disse, tem alguma coisa, é claro que temos que nos trazer com os nossos personagens também, alguma parte de nós mesmos, mas há algo sobre apenas começar a conhecer Kim [Dickens], que ela é capaz de ler o comportamento humano muito rapidamente e talvez essa seja a parte dela também, é o que eu penso sobre você.

Kim Dickens: Sim, talvez.

Colman Domingo: Ela consegue ver através de todos vocês agora mesmo.

Kim Dickens: Mesmo quando eu era garçonete eu podia ver o ladrão de bolsas que entrava pela porta. Eu juro pra você, algumas vezes, em Manhattan.

Como você vê o impacto da morte de Liza no relacionamento de Madison com Travis e Chris? Existe algo bom ou ruim da morte de Liza?

Kim Dickens: Oh, como eu vejo isso? Bom, a segunda temporada começa apenas algumas horas depois do final da primeira temporada, então, nós definitivamente não comentamos sobre aquilo, nós levamos aquela morte muito a sério e vamos levar isso para a segunda temporada, e na verdade ainda vamos lidar com isso, é assombroso e assombra nossos personagens. Obviamente, seria algo muito devastador para Travis e Lorenzo [James Henrie], para Chris, na verdade, sabe, talvez vá muda-los para sempre. Então, você sabe, se você é a madrasta ou a namorada, sabe, realmente a vida é diferente a partir de então.

Kim [Dickens], eu sei que você esteve em muitos shows, mas esse em particular, mudou a forma como as pessoas a veem na rua? Você tem alguma história de fã que possa compartilhar?

Kim Dickens: Bom, você sabe, eu, com esse show, muitas pessoas veem talvez mais do que os outros mas todos são muito generosos na rua, eles são muito animados, a base de fãs de “The Walking Dead” e “Fear the Walking Dead” é muito apaixonada, muito mobilizada. E então, você sabe, é um pouco mais de aumento na consciência para mim, mas é bom, você sabe que você quer que seja compartilhado, você quer que seja visto, quando você faz o trabalho e sabe, tanto quanto outras coisas são, eles têm a sua base de fãs, você sabe “Deadwood” e “Gone Girl” e coisas assim e você sabe que é bom. Eu sempre acho que os fãs são apenas os melhores, especialmente para estes tipos de gênero e até mesmo como “Deadwood” é, você sabe, seu próprio gênero, eles são tão dedicados, eles são tão apaixonados e é divertido.

Eles te dão conselhos?

Kim Dickens: Se eles me dão conselhos? Oh deus, você sabe–

Colman Domingo: Eu tive pessoas gritando na porta do carro para mim, dizendo “não morra”.

Kim Dickens: Oh, realmente, ótimo.

Colman Domingo: Sim, exatamente, e eu fico tipo “o que?”

Kim Dickens: Isso é ótimo.

Eu estava questionando, se impactou seu sono de alguma forma? Nós soubemos do outro show, ouvimos que algumas pessoas não comem mais carne vermelha.

Colman Domingo: Oh não, eu como carne vermelha e durmo bem. Sim, eu sou capaz de separar, eu acho que sou capaz de separar, nós somos capazes de, eu acho bem capaz de separar tudo isso.

Kim Dickens: Sim, no começo eu meio que pensei, quando estávamos gravando o piloto eu tive alguns pesadelos, você sabe, eu acho que meu psicológico estava tentando entender o que estava acontecendo, mas além disso, eu durmo bem. Matar um zumbi e dormir porque estou exausta, sim.

Kim, eu queria te perguntar sobre a força e o programa de condicionamento que você pode ter ou não passado por, Mercedes [Mason] mencionou que ela era um tipo de sargento.

Colman Domingo: Sim, ela é.

Kim Dickens: Sim, eu também não vou a aula dela.

Colman Domingo: Eu malhei com ela, eu fui lá e malhei com a Mercedes [Mason] e ela, você sabe, é tão doce e linda e você acha que ela vai ser gentil e ela realmente faz você malhar até a morte, mas sim, é bom e não é pra você, não é pra você.

Bem rápido, em outro tom, eu estive perguntando para o resto do elenco, vocês estão trabalhando com o Maestro Rúben Blades, eu estava questionando se vocês estão familiarizados com o trabalho dele no mundo da música e se sim, o que você acha sobre e se você pegou algum espanhol lá?

Kim Dickens: Estou usando meu espanhol, eu aprendi muito espanhol, bom, eu tive espanhol na faculdade e então trabalhando em um restaurante em Manhattan, você sabe que você usa muito e é como se eu usasse muito lá agora, ruim, muito ruim.

Colman Domingo: Sim, nós usamos espanhol ruim lá mas foi ótimo, mas você sabe o que curti sobre estar no México também, é meio que se você apenas, você tem que tentar e eles querem te ajudar também, então é realmente uma ótima troca. Eu sempre fui influenciado por Rubén Blades e sua música, e ele é tão, eu digo, eu odeio dizer isso porque você sabe, ele é um ser humano mas ele tem tanto legado, verdadeiramente ele é realmente – estou muito honrado de trabalhar com ele e tipo, ele é sempre tão generoso, ele é um homem incrível. E eu acho que ele traz tudo isso a esse personagem complexo como Daniel Salazar.

Kim Dickens: Ele [Rubén Blades] é muito inspirador de trabalhar e só de ter por perto, ele é nosso próprio vencedor de Grammy pessoal mas sim, ele é apenas tão apaixonado sobre direitos humanos e ele compartilha conosco, ele é tão fácil de se estar, você sabe, ele é apenas tão criativo e contribui tanto no set e então todos nós ficamos juntos e jantamos com ele e você fica tipo, wow, nós estamos jantando com Rubén Blades, ele é uma lenda, você sabe, o camarim dele é do lado do meu e, na verdade, eu ouço ele cantando algumas vezes.

Colman [Domingo], Kim, [Dickens] falou antes sobre os tipos de desafios de trabalhar em um ambiente com água, eu estava pensando se você poderia falar sobre isso para o seu personagem e em que ponto você sabia que você seria o capitão de Abigail, você é um capitão, você sabe o que está fazendo lá?

Colman Domingo: Bom, enquanto íamos para a segunda temporada, eu tive que fazer treinamento para iate na verdade, eles me mandaram para San Diego para estar em um iate por um dia e aprender o máximo que pudesse então eu sabia mais ou menos o que estava fazendo, mas também sabia que ele possivelmente era o dono e não o capitão, realmente mostra que ele não deveria saber exatamente tudo o que precisa fazer. Então ele provavelmente precisa desses sete indivíduos um pouco mais do que, você sabe, ele estava ciente. E sim, os desafios, eu fico, meu personagem fica muito na sala de controle, comandando o iate. Mas quando eu tenho que entrar na água, é por uma razão realmente boa, e então ele é desafiado, é tudo que posso dizer, porque a água vai te desafiar.

Kim [Dickens], você trabalha em dois dos mais importantes produtos em entretenimento do momento e ambos são para televisão, então como atriz, digo, na visão geral como atriz como você está vivendo isso, essa era de ouro da televisão?

Kim Dickens: Como estou onde, na era de ouro?

Como você está vivendo isso, quero dizer, é muito interessante o que está acontecendo agora na televisão?

Kim Dickens: Eu amo trabalhar na televisão, digo, eu acho que é uma era de ouro, eu acho que os papéis e o conto de histórias que está acontecendo, televisão versus cinema é apenas denso e colorido e com nuances e realmente divertido de interpretar, eu disse antes, eu diria que é andar em uma novela. E tem sido muito recompensador para mim ser uma atriz nesse meio.

Eu acho seus personagens muito interessantes porque ambos são muito fortes. E eu não sei se estou criando uma fofoca sobre isso nessa segunda temporada, eu acho que entre esses dois personagens pode crescer uma conexão, eu não sei, talvez um relacionamento, não sei, vocês acham isso possível?

Colman Domingo: Tudo é possível.

Kim Dickens: Tudo é possível na TV a cabo. Eu acho que esses dois personagens são, eles meio que são espíritos da mesma natureza de uma forma, existe algo que eles veem um no outro como se eles vissem esse aspecto sem mentira um no outro, sabe, o aspecto sobrevivente um no outro mas isso não significa que eles concordam, e acho que eles meio que encontram seu caminho e–

Colman Domingo: Sim, eles têm que encontrar e brigar para descobrir o que é essa relação, você sabe, eu digo o que é esse novo relacionamento e mais uma vez, todas as relações estão sendo questionadas nesse barco e nesse apocalipse. E a queda pode significar tantas coisas diferentes, sabe, alguém que era seu filho um dia, talvez uma coisa mais, ele pode ser seu adversário, você não tem ideia, entende o que estou dizendo, porque muda tudo, tudo mudou, o mundo está de ponta a cabeça, então essas duas pessoas que vieram a esse universo como adversárias talvez formem um laço de algum modo que você não sabe o que está acontecendo nesse universo tão bem, e na cabeça de Robert Kirkman e Dave Erickson para saber o que se tornou.

Eu gosto do seu nome Colman Domingo, eu queria descobrir, Domingo é um nome de família?

Colman Domingo: Domingo é um nome de família, a família do meu pai é de Belize e também da Guatemala, sim então isso é amor da América Central aqui, lá vamos nós.

Outra pergunta que foi feita aos seus colegas de elenco, “The Walking Dead” tem um elenco de tantos nomes conhecidos e estáveis, tem tipo uma lista de pessoas que o pessoal por trás do show gostariam de ter no elenco. Se vocês pudessem ter qualquer pessoas no elenco na sua lista de desejo de co-estrelas, quem vocês gostariam de ver em episódios futuros em temporadas futuras?

Kim Dickens: Eu não sabia… The Walking Dead, eles têm uma lista de desejo de quem eles querem colocar no show?

Bom, existe uma lista bem legal de atores bem conhecidos que eles queriam ter no show que eles meio que marcam. Existe alguém que você gostaria de ver em “Fear the Walking Dead” que você particularmente gostaria de trabalhar para ver no elenco?

Colman Domingo: Dustin Hoffman.

Kim Dickens: Sim, Johnny Depp.

Colman Domingo: Meryl Streep.

Kim Dickens: John Hamm.

Colman Domingo: E Melissa McCarthy.

Kim Dickens: Sim.

Colman Domingo: Nós vamos precisar de algumas risadas ou vai ser uma temporada muito, muito longa.

Isso é interessante, obviamente ninguém está a salvo nos shows de “The Walking Dead”, se você tivesse que morrer, de que jeito você escolheria para morrer? Já pensou sobre isso?

Colman Domingo: No universo de “The Walking Dead” ou apenas em nossas vidas pessoais?

Isso, isso.

Kim Dickens: Eu não pensei sobre isso.

Sim, vamos falar no universo de “The Walking Dead”.

Colman Domingo: O personagem, como ele encontraria seu fim?

Sim.

Colman Domingo: Eu não quero dar nenhuma ideia a eles pois quero ficar por aqui por um longo tempo.

Kim Dickens: Sim, eu não gosto de pensar nisso.

Colman Domingo: Exatamente.

Kim Dickens: Eu não sei, me surpreendam.

Mercedes [Mason] disse que ela gostaria de engolir uma granada.

Kim Dickens: Ela é maluca.

Colman Domingo: Eu sinto que alguém como Victor Strand teria que ser algo tão ridículo, na verdade, como o seu, como você sabe, mas você sabe com todas as lutas e o drama que tem que continuar – ele meio que pisa em algo, você sabe, e tipo, oh, é venenoso e —

Kim Dickens: Envenenando a vida, ele desliza no convés.

Colman Domingo: Oh sim, ele desliza no convés, Alicia não tinha deixado isso bem, aah molhado, e ele apenas, exatamente, agora e você para Madison?

Kim Dickens: Não, não.

Colman Domingo: Ah, você não está jogando o jogo.

Eu estava pensando, qual foi a cena mais desafiadora que vocês tiveram que gravar? E como é um dia típico para vocês?

Colman Domingo: Bem, eu quero citar com algo que conversamos com Cliff Curtis sobre. Um dia ele apenas disse, você sabe, todo dia nós estamos interpretando apostas tão altas, nós realmente estamos interpretando vida e morte em cada cena e toda cena tem tanta complexidade em si. E para trabalhar naquele padrão o tempo todo, pode ser cansativo, especialmente se você tem um dia inteiro e suas cenas estão alinhadas onde o arco emocional é devastador, você tem que ficar devastado por 12 horas. É quando, é um pouco desgastante, mas você sabe que tem que fazer o trabalho, você sabe que precisa de toda a cobertura. Então eu penso, eu penso que nosso show é lidar com muita coisa, é claro que tem muita coisa, tem a morte dos infectados e drama e correr atrás e coisas do tipo, toda aquela coisa boa que nós precisamos para um bom drama de ação, mas é muito motivado pelo personagem e há muito trabalho emocional que estamos fazendo. E poderia ser cansativo, mas, sabe, acho que somos um time tão bom que todos realmente estão lá um pelo outro porque nós precisamos.

Kim Dickens: Sim, somos todos profissionais e aparecemos, nós brincamos entre as tomadas e tipo gostamos de ficar juntos, nós meio que ficamos confinados nesse barco na maior parte do tempo mas milagrosamente nós nos divertimos e então, fazemos o trabalho, sabe, e então nós temos uma boa ética de trabalho. Acho que para mim uma das cenas mais difíceis e eu concordo com o Colman [Domingo] e o Cliff [Curtis], nós geralmente estamos interpretando esse intenso alto risco o tempo todo e isso requer muito foco e você não pode brincar muito durante o dia de trabalho, mas eu achei uma cena que foi muito desafiante para mim, foi a cena da primeira temporada quando eu tenho que meio que bater no meu filho. Eu estava tipo, eu estava muito preocupada sobre, eu senti como se eu entendesse de onde aquilo estava vindo. E eu realmente não queria pensar sobre como… não se um personagem é querido ou nada do tipo mas como isso ia ser compreendido pela audiência e porque, sabe, foi abuso, e ou abusivo, foi físico, e a audiência ficou tipo, sim, finalmente, entende. Então eu entendi a emoção daquilo, eu estava apenas um pouco tímida de interpretar, você sabe como, mas não cabe a mim decidir, é definitivamente para os escritores, sabe, confiar nos escritores.

A segunda temporada de Fear the Walking Dead estreia no AMC Brasil no dia 10 de Abril, às 22h.

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