5ª Temporada

Promovendo Fear the Walking Dead: Entrevista com Danay Garcia, Alexa Nisenson e Andrew Chambliss

Confira a quarta parte das entrevistas com o elenco e os produtores de Fear the Walking Dead durante a coletiva de imprensa da 5ª temporada na WonderCon.

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A convite da AMC, nós tivemos a oportunidade de reencontrar e conversar com o elenco de Fear the Walking Dead em uma coletiva de imprensa para promover a quinta temporada da série. O evento aconteceu em Anaheim, Califórnia, na WonderCon. Jornalistas do mundo inteiro se reuniram para conhecer um pouco mais sobre a história do novo ano e dos personagens de cada um dos atores que se fizeram presentes. Abaixo você confere os detalhes das entrevistas com Danay Garcia (Luciana), Alexa Nisenson (Charlie) e Andrew Chambliss (showrunner).

Nós assistimos o trailer da quinta temporada antes da sala de imprensa hoje. Obviamente, está fantástico. Parece que a sua personagem vai passar por algumas coisas nessa temporada. Quem diria que você tocava acordeão? Risos. Parece que isso te surpreendeu também.

Danay Garcia: Eu acho que sim.

Eu acabei de dizer para os seus colegas de elenco que assisti o final da temporada de novo e que foi incrível. Ao invés de ir para Alexandria agora, vocês estão mudando de caminho. O que vocês podem nos dizer sobre o caminho das suas personagens na quinta temporada?

Danay Garcia: Vindo para cá, eu estava pensando… Faz dois anos desde o apocalipse, certo? No começo, era tudo sobre não confiar nos mortos, mas agora sabemos como eles são. Agora, é tudo sobre os vivos e como lidamos com eles. Nesta temporada, até o momento, estamos realmente entendendo que os mortos não são a principal ameaça, já que sabemos como sobreviver a eles. É sobre os vivos agora e como lidamos com a loucura que os vivos estão passando. Somos mais perigosos que os mortos.

Como a Martha! Risos.

Danay Garcia: Exatamente. Então, é tudo sobre entender o quanto de confiança você pode ter com os vivos. Eu acho que já sabemos como sobreviver aos mortos.

Andrew Chambliss: O grupo começa com uma missão bem clara e definida nesta temporada. Sabemos que eles são motivados por uma necessidade de compensar por todas as coisas ruins que fizeram. Eles têm coisas diferentes das quais se arrependem. É um mundo em que, quando alguém se depara com outra pessoa viva, seu instinto inicial é meio que se proteger. A questão que o grupo realmente tem que encarar é: como você vive nesse mundo e ainda tenta estender a mão para pessoas que não confiarão muito em você e que não saberão sua intenção? Esse é um dos grandes desafios que eles vão enfrentar. Outra coisa que nossos personagens terão que enfrentar é que não pode ser só olhar para fora e ajudar outras pessoas… Talvez, eles tenham que olhar para dentro e descobrir como podem ajudar a si mesmos e ao grupo.

Fear the Walking Dead Brasil: Falando sobre confiar nas pessoas, a Charlie surpreendeu os fãs quando estava com os Abutres e, em seguida, teve um comportamento de “duas-caras”. Como você a vê com o grupo agora? Ela está comprometida a eles? E você acha que os fãs vão conseguir perdoá-la?

Alexa Nisenson: Eu acho que a Charlie está realmente comprometida a ser leal a este grupo, a esta nova família. Nós podemos ver a Charlie continuar a buscar redenção neste ano de formas bem bacanas. Eu não quero falar muito sobre isso, mas acho que será muito legal. Espero que, neste ano, ela possa… Alguns dos fãs ainda não me perdoaram totalmente, mas está tudo bem! Mas espero que, neste ano, eles possam ver outros lados bacanas da Charlie.

Danay Garcia: Ela está em boas mãos. Está perto de bons adultos. Os Abutres não eram tanto!

Andrew Chambliss: Uma menina de onze anos no apocalipse só está tentando fazer o que é preciso para sobreviver. Eu acho que ela já fez bastante para ganhar confiança e ela continuará a fazer isso.

Alexa Nisenson: A parte legal da Charlie este ano é que ela está tentando achar o equilíbrio entre ter que ser um tipo de adulto neste mundo, mas também ser uma criança. Eu acho que essa é uma história muito legal neste ano.

Seguindo com esta ideia de criança e sabendo que eles nos deram o trailer para assistir antes, tem algo mais que vocês podem nos dizer sobre as outras crianças que vemos no trailer?

Andrew Chambliss: O grupo está saindo no mundo para ajudar e as pessoas que eles vão encontrar podem ser crianças. Ser uma criança no apocalipse é difícil. Ser qualquer pessoa no apocalipse é difícil, mas, quando você é uma criança e está sozinho, você vai enfrentar muitos desafios que talvez não esteja preparado para enfrentar.

Nem todo mundo pode ser o Carl, certo? Risos.

Danay Garcia: O mais interessante sobre crianças é que, normalmente, nós aprendemos tanto com eles. Eles são tão inocentes e têm esse mundo… Isso no mundo real. No apocalipse, é ainda mais difícil entender como o cérebro deles funciona, porque a quantidade de informação que eles têm não é normal. Por exemplo, com a personagem Charlie, as pessoas ficaram em conflito porque não estavam preparadas para lidar com os filtros dela naquela idade. Todo mundo reagiu: “Por que ela fez isso?”. Bom, porque ela tem onze ou doze anos e, na maior parte do tempo, as crianças cometem erros. Então, é legal ter crianças nesse cenário.

Alexa Nisenson: Eu acho que é legal ver esse mundo pela perspectiva de uma criança.

Danay Garcia: Com certeza.

Que tipos de zumbis legais veremos agora?

Andrew Chambliss: Temos alguns tipos de zumbis que não foram vistos antes, em nenhum dos dois shows. Eu não quero entregar muito… Vou dizer que, se você assistiu o trailer cuidadosamente, viu algumas dicas do que está por vir. Uma das coisas que o Ian e eu realmente gostamos de fazer é tentar descobrir como usar zumbis de maneiras diferentes para que matá-los seja um pouco mais difícil do que é, porque o nosso grupo já está bem adaptado. Queremos achar formas de fazê-los ameaçadores de novo.

Danay Garcia: Essa foi uma das coisas com Fear the Walking Dead: os fãs ficaram incomodados que nós não conseguíamos matar rápido o suficiente, mas nós não sabíamos como fazer isso. Agora, acho que estamos… Nós os vemos e os pegamos.

Andrew Chambliss: Outra coisa interessante que queremos explorar, talvez nessa temporada, é o peso emocional que isso tem. É fácil vê-los apenas como walkers e saber que estão mortos. Mas, quando você realmente pensa a respeito, você ainda está matando humanos.

Danay Garcia: Mas eles ainda estão andando e estão atrás de você!

Andrew Chambliss: Mas isso não é necessariamente fácil de fazer.

Eu acho que essa era a batalha do Morgan também. Ele andava por aí dizendo que não mataria, mas, ao mesmo tempo, esses são mortos-vivos que vão te transformar em um morto-vivo. Então, sou eu primeiro ou você primeiro! Obviamente, tem um aspecto físico muito forte no show e, como ele disse, teremos desafios com walkers mais difíceis de matar. Vocês fizeram algum tipo de treinamento específico para se preparar para essa temporada?

Danay Garcia: Eu não sei como eles sempre conseguem nos surpreender com as formas que matamos! Risos. Mas eventualmente você compreende que é tudo sobre o golpe e que, quando você corta a cabeça, está tudo acabado – graças a Deus! Nós trabalhamos por sete meses a cada ano e, assim que você mata três, já está de volta. Então, eu não treino para isso. Eu malho muito, mas é porque preciso.

Andrew Chambliss: Eu vou dizer que temos um episódio em que a Charlie aparece bastante e em que há uma matança feita de forma bem pouco convencional. E é só isso que vou dizer a respeito.

Danay Garcia: Nós temos um coordenador de manobras incrível. O time é tão incrível… Eles estão conosco há um longo tempo e são pessoas que transformam sonhos em realidade.

Andrew Chambliss: Além de tudo, o nosso time de efeitos especiais…

Danay Garcia: Eles são brilhantes! Eles fazem com que a gente seja bem visto.

Andrew Chambliss: E um time de maquiagem que sabe como conseguir a maior quantidade de sangue falso possível para que coisas malucas aconteçam.

Danay Garcia: Somos muito gratos pela nossa comunidade.

Agora que a Charlie está mais estabelecida no grupo, ela está buscando algum tipo de figura paterna? Ou ela os vê como amigos?

Alexa Nisenson: Eu não sei se posso dizer exatamente porque não quero entregar muito, mas eu acho que veremos a Charlie com uns novos relacionamentos bem bacanas.

Andrew Chambliss: Não arranjaremos problemas se dissermos que a Charlie é alguém que está procurando por uma família e ela pode encontrar uma conexão com um personagem que, talvez, esteja procurando pela mesma coisa.

Fear the Walking Dead Brasil: Danay, a Luciana começa como uma sobrevivente destemida e, depois, aprende a confiar e a depender do Nick. Com o Nick fora da jogada, você acha que o comportamento dela irá mudar?

Danay Garcia: Sim. Eu acho que ela não é a namorada de ninguém agora. Ela é agora a mulher que conhecemos no início, em La Colonia. E, novamente, este é um show que, como mulher, você conta histórias que… Se você tirar o meu nome do script, você não sabe dizer se é uma mulher ou um homem. Isso é algo incrível! Não somente a minha personagem, mas todos os personagens femininos. Começando da Charlie e indo até mim ou até o Morgan… Você não sabe quem é quem e eu amo isso.

Andrew Chambliss: Eu diria que algumas das nossas personagens femininas fazem coisas que os personagens masculinos não conseguem fazer. Estou dizendo isso porque minha mulher deu a luz a gêmeos há duas semanas.

Parabéns!

Andrew Chambliss: Mulheres podem fazer coisas que homens definitivamente não conseguem.

Danay Garcia: Mas isso diz muito sobre os showrunners e sobre como eles veem o mundo. Neste momento, a Luciana é uma mulher que está voltando a ser o que era. Muito tem a ver com o episódio do Clayton e da cerveja – ali, tudo se alinhou. Eu estou tão feliz que ela está de volta porque foi tão doloroso ver alguém tão forte jogada no chão, quebrada e em pedaços. Eu não sabia quando ela voltaria até receber o script e disse: “Graças a Deus!”. Quem diria que teria a ver com uma cerveja!

Andrew Chambliss: E, agora, com tocar acordeão.

Também temos menores bebendo cerveja.

Danay Garcia: Sim! Risos. Quebramos todas as regras lá fora.

Andrew Chambliss: Esse é um dos meus momentos favoritos do show, quando a Charlie toma uma cerveja.

Danay Garcia: Mas é muito bom tê-la de volta. Eu a amo.

Andrew Chambliss: Eu lembro que liguei para a sua mãe (apontando para Alexa) e disse: “Você está recebendo o script e a Charlie bebe uma cerveja, mas é completamente relevante na história!”.

Eu quero dizer algo completamente fora de foco, obviamente, porque é um programa de televisão: foi tão engraçado como o Morgan acabou conseguindo encontrar aquele caminhão de cerveja na hora em que precisava! Mas é ótimo que ele encontrou, porque eu queria que todos vocês sobrevivessem – até a Charlie, mesmo que ela fosse duas-caras! Risos.

Andrew Chambliss: Eu diria que ele sabia onde encontrar, porque ele encontrou com o Jim bem perto da cervejaria dele. Ele sabia onde estava.

Eu só sei que ele entrou lá com uma quantidade gigante de cerveja! “Etanol é só um nome chique para álcool!”. Risos. Eu achei isso ótimo.

Foi difícil para a sua personagem perder o Nick, claro. Tem uma parte dela que ainda está lidando com o luto ou ela já seguiu em frente? Veremos a Luciana procurando por outra pessoa ou alguém entrará na vida dela?

Danay Garcia: Eu acho que tudo o que ela passou a fez mais forte. São as feridas dela que a forçam a ser mais forte e mais inteligente. Ela definitivamente ainda está passando pelo luto, mas já sabe como lidar melhor com ele. E, em termos de amor, é como eu disse antes: eu não acho que esse seja um mundo em que você pense sobre amor. Você não conhece pessoas em uma esquina ou no Tinder! Risos.

Andrew Chambliss: Acontece quando você menos espera e quando está menos preparado para aceitar.

Danay Garcia: Geralmente, quando você não está pronto para lidar com isso. É aí que aparece e essa é uma das partes mais bonitas desse universo: você pode falar de amor de uma forma pura e imprevisível. É por isso que nos apaixonamos por John Dorie e é por isso que nos apaixonamos pelos personagens que têm essa conexão. Eu acho que, se ela voltar a ter uma conexão, ela não está esperando e nem pensando a respeito. É só algo com que ela terá de lidar. Mas eu estou curtindo as outras pessoas que estão apaixonadas agora. Eu vejo que estão apaixonados e acho que é uma coisa linda.

TRAILER DA 5ª TEMPORADA DE FEAR THE WALKING DEAD:

Fear the Walking Dead é exibido no Brasil pelo canal AMC. Consulte sua operadora de TV.

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