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Entrevistas

O relógio está correndo para o episódio mais mortal da 1ª temporada de Fear the Walking Dead

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ATENÇÃO: Esta matéria contém spoilers do quinto episódio da primeira temporada de Fear the Walking Dead, S01E05 – “Cobalt” (Operação Cobalt). Leia por sua conta e risco. Você foi avisado.

Fear the Walking Dead soltou uma bomba no último domingo quando Liza (Elizabeth Rodriguez) descobriu que – assim como na série original – todos estão infectados. O penúltimo episódio da primeira temporada também trouxe a primeira grande fatalidade do grupo quando Griselda (Patricia Reyes Spindola) não sobreviveu à amputação do pé e Liza precisou executa-la.

Daniel (Ruben Blades), sem saber que sua esposa havia morrido, tortura um soldado da Guarda Nacional em uma tentativa de descobrir para onde Griselda foi levada. Ao invés disso, ele descobre que a Guarda trancou um grupo de 2000 pessoas porque não conseguiam separar os que estavam infectados dos que não estavam.

Também foi aprofundada a distância entre Madison e Travis, sendo que ele buscou a Guarda com um pedido para que devolvam as 12 pessoas da comunidade que foram levadas para tratamento. Travis recebeu a oportunidade de abater um zumbi e se recusou. Quando ele volta para casa e para Madison, descobre que ela permitiu que Daniel torturasse um soldado.

Em outro lugar, a audiência conheceu Victor Strand (Colman Domingo) dentro da quarentena, e o rico “vendedor” se interessa por Nick (Frank Dillane).

Aqui, o showrunner Dave Erickson conversa com o The Hollywood Reporter sobre o motivo disso tudo e fala o que esperar do último episódio da temporada.

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O episódio termina com Daniel se aproximando do estádio que Adam, o guarda que ele torturou, mencionou. Ele realmente vai tentar abrir aquela porta?

Dave Erickson: Existe um plano maior que vai depender do que Daniel fará quando descobrir isso. Ele está confirmando a história de Adam e encontrou a arena da qual ele falou. Ele sabe que 2000 pessoas estão lá dentro, então é a ideia de que existem tantos zumbis atrás daquelas portas e agora Daniel sabe disso. Veremos o que vem a seguir. Daniel é rápido em aceitar a ideia do que está atrás daquelas portas – não é que eles sejam zumbis, é que eles são uma ameaça. E para ele, qualquer coisa que seja uma ameaça, existe uma maneira eficiente de se lidar com isso. Uma das coisas que percebemos ao longo deste episódio é que toda história que Daniel contou para sua filha e sobre seu passado, tudo é verdade – ele apenas inverteu os papeis. Ao invés de ser uma pessoa perseguida durante a guerra em El Salvador, ele era um perseguidor. Nós percebemos que esse homem complicado agora está revelando ser alguém que era um monstro em seu passado, e agora sua filha precisa lidar com essa conclusão.

Que tipo de conflito isso vai criar entre Daniel e Ofelia?

Dave Erickson: Ela cresceu achando que seus pais eram atrasados de alguma forma, Griselda não fala inglês e eles não assimilaram. Ofelia sempre pensou em si mesma como protetora de seus pais, e o que ela percebeu é que existe todo um outro lado de quem seus pais eram e isso será desafiador para ela. Tem muita coisa acontecendo para ela lidar com a falsa história no final de temporada, mas na próxima temporada ela precisará reaprender quem seu pai é e lidar com isso – e ver se consegue aceita-lo. A ironia é que na segunda temporada ela está em uma situação em que deseja que o pai fosse a pessoa gentil e benevolente que ela achou que ele fosse, e perceberá, à medida que continuar a conhecer o novo mundo, que a pessoa que ela achou que Daniel fosse não tem muita utilidade para o nosso grupo. Eu estou sempre interessado na ideia de pais falsos e irmãos substitutos. A dinâmica pai-filho, pai-filha, mãe-filha e essa família maior e misturada – haverá muitas mudanças de identidade ao longo da série.

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Nós descobrimos que “Cobalt” é o código para que a Guarda Nacional evacue a bacia de Los Angeles. A ordem realmente é desistir da civilização?

Dave Erickson: Não, é uma retirada tática, e tem uma referência que ouviremos depois. Eles estão recuando para um local que discutiremos no final de temporada. A ideia é que essa onda de transformações cresça exponencialmente, e estamos tentando da melhor forma possível imaginar o que acontece em Atlanta e nos quadrinhos originalmente e entender os passos que aconteceram entre o acidente de Rick (Andrew Lincoln) e o momento em que ele acorda do coma [em The Walking Dead]. Entrando na segunda temporada, ainda vamos jogar com isso porque ainda não chegamos naquele ponto. Não vamos terminar a temporada exatamente no momento em que Rick saiu para explorar e encontrar Lori e Carl. Ainda tem coisas para os nossos personagens descobrirem. Nós temos uma melhor compreensão do que são os zumbis e de que eles estão mortos e não voltarão ao que eram. Isso é algo com que Travis ainda luta. Mas ele terá seu momento de descoberta em breve. A segunda temporada permite que nossos personagens ainda perambulem e acreditem que deve haver um local seguro – deve haver uma cidade ou estado que não caiu. O que não temos ainda é o beneficio dos episódios do CDC [da primeira temporada de The Walking Dead]. Não teremos uma pessoa que dirá categoricamente “Adivinhe só: o mundo já era”. Isso cria esse estranho conflito entre esperança e desespero, porque se você pensa que pode existir um lugar onde tudo está bem, isso motiva você a continuar – mas ao mesmo tempo, quando você é confrontado com devastação, isso se torna deprimente. Vamos tocar nisso na próxima temporada.

Falando em esperança, como Liza vai responder à consciência de que todos estão infectados?

Dave Erickson: Ela vai para o hospital porque se sente responsável por Griselda e por Nick, mas também porque é uma oportunidade de ajudar, aprender e atuar como enfermeira – e então ela descobre que, o que quer que essa coisa seja, é coletivo e todos nós temos. E quando alguém tem isso, eles não têm escolha a não ser executa-los. É uma cena desoladora quando ela precisa executar Griselda. Tem duas coisas acontecendo: ela falhou com sua paciente – essa mulher com quem ela se importa – e está recebendo essa pancada massiva sobre o fato de que o que quer que seja essa epidemia, é algo que já se espalhou completamente. Essa é uma informação que ela agora tem e, em muitos aspectos, ela está saindo na frente da mesma forma que Rick no final da primeira temporada. Veremos o que ela faz com essa informação.

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Como Daniel pode responder à notícia de que todos estão infectados – e de que sua esposa não sobreviveu?

Dave Erickson: Daniel será capaz de se adaptar a esse novo mundo porque ele é um sobrevivente – e sempre foi; se ele era o torturador ou não, ele levou uma vida muito mais difícil do que a maioria dos nossos personagens… com exceção de Nick, que esteve nas ruas pela maior parte dos últimos seis anos. A pessoa que está melhor equipada para lidar com isso é Daniel – mesmo quando ele descobrir que Griselda se foi. Ele ainda tem uma família para cuidar, então ele precisará perseverar. Ele definitivamente quer encontra-la e salva-la, mas ele também é muito pragmático em sua abordagem para o mundo. Ele viu o pior da Guarda Nacional desde o começo; ele é aquele que viu o que acontece quando os soldados chegam e levam as pessoas embora em caminhões. Ele ficará abalado pela morte de Griselda, mas vai perseverar porque ele ainda tem Ofelia e agora que ela sabe o que ele é – ou o que ele foi – ele precisa reparar isso. Essa será sua motivação rumo ao final e à segunda temporada.

Quem é esse cara “vendedor” e qual é o papel dele dentro do hospital do acampamento?

Dave Erickson: Colman Domingo interpreta Victor Strand, e nós vamos descobrir que ele estava no lugar errado na hora errada. Strand é um vendedor, mas também é um homem de posses, ele é bem rico e é pego quando as coisas vão para o inferno. Tem uma ironia nele estar preso onde alguém como ele jamais estaria. Ele é um sobrevivente por direito próprio. Se você pegar Daniel e Strand e olhar como eles interagem, será bem interessante. Strand é um cara que reconhece que houve uma mudança na moeda. Ele sabe que as coisas não vão melhorar por algum tempo e que os objetos brilhantes não são mais o que importa. É por isso que ele está disposto a dar seu relógio para o guarda. Nós queríamos introduzir um personagem mais abastado que você geralmente não vê na série original e ver como ele interage com nossa família de trabalhadores. Ele será muito importante em como esta temporada acaba e para onde vamos na segunda temporada.

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Travis ainda acredita que as coisas vão melhorar agora que ele viu o mundo exterior – e que os militares estão desistindo? Mesmo ouvindo que os zumbis não são mais humanos, ele ainda não consegue abater um deles.

Dave Erickson: Travis vai se agarrar à sua esperança e sua humanidade enquanto for humanamente possível. Se você precisasse escolher uma coisa sobre a qual este episódio é, é muito sobre a divergência Madison-Travis e seguir caminhos diferentes para trazer suas pessoas de volta. Travis faz a coisa prática e vai até Moyers (Jamie McShane), em quem ele não confia mais. Ele está interpretando o Sr. Prefeito e tentando ir pelo caminho certo. Madison percebe o que Daniel está fazendo e faz uma escolha distinta – sabendo que ele está torturando esse pobre soldado. Ela sabe que Daniel fará o que precisa ser feito para conseguir a informação e vai permitir que isso aconteça. É uma distinção no relacionamento de Madison e Travis que é importante rumo ao final.

Nenhum dos nossos personagens assistiu The Walking Dead. Eles teriam visto filmes de zumbis? Tenho certeza que sim. Estamos no apocalipse há talvez 12 dias e uma das razões pelas quais a série foi estruturada dessa forma, foi para colocar Travis em uma posição onde ele tinha o dedo no gatilho e um zumbi na mira, e tinha Moyers e os soldados enfatizando que eles não são mais pessoas. “E se você acha que é uma pessoa, então nós somos assassinos”. É importante que em apenas 12 dias de apocalipse existem pessoas que ainda não acreditam que esse é o fim do mundo. É isso que estamos tentando dramatizar nesse episódio. E é por isso que, depois de passar por aquela experiência horrível, quando Travis finalmente chega em casa, ele vê Ofelia e percebe o que Daniel fez e o verdadeiro horror para ele é essa realização de que a mulher que ele ama [Madison] sabia que Daniel estava torturando aquele pobre rapaz e não fez nada. Isso o derruba completamente. Travis tem muitas surpresas pela frente.

Isso é o fim do que veremos da Guarda Nacional?

Dave Erickson: Não necessariamente. Nós definimos a ideia de que eles estão se retirando da bacia de L.A., de que eles vão recuar. Quando chegarmos no final de temporada vamos descobrir qual é o destino deles. Esta provavelmente não será a última vez que veremos a Guarda Nacional.

Quão mortal será o final de temporada?

Dave Erickson: Será o episódio mais mortal da temporada. Há um relógio correndo. Travis, Madison, Daniel, Alicia e Chris vão descobrir que sua comunidade não é mais segura. Eles não terão a proteção que acharam que teriam [com a Guarda Nacional], e eles ainda não têm sua família de volta [com Nick, Liza e Griselda, a última que eles ainda acreditam estar a salvo]. Os esforços de Travis para salvar Nick, Griselda e Liza não funcionaram, e não temos o que comentar sobre isso. O que Daniel fez funcionou e agora ele tem informações e peças que permitirão ao grupo tomar alguma ação rumo ao final para tentar salvar suas pessoas – e eles mesmos.

Fear the Walking Dead vai ao ar aos domingos. O que você acha que vai acontecer no final de temporada?

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Fonte: The Hollywood Reporter

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Entrevistas

Jenna Elfman fala sobre peixes fedidos e zumbis voadores no episódio de retorno de Fear the Walking Dead

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A quarta temporada de Fear the Walking Dead encontrou nossos sobreviventes ainda lutando para seguir em frente após as mortes de Madison (Kim Dickens) e Nick Clark (Frank Dillane) e lidar com uma nova ameaça na forma de um furacão que chegou nos momentos finais do episódio.

June (Jenna Elfman) – anteriormente conhecida como “Laura” e “Naomi” – está morando em um ônibus escolar com John Dorie (Garret Dillahunt) e Charlie (AlexaNisenson) em uma espécie de unidade familiar. É legal, mas nem tudo está bem. Charlie ficou tão traumatizada com as coisas que ela fez e viu que ela mal fala e quase se permitiu ser comida por um andador, enquanto June está lutando com quem ela é. John quer voltar para sua cabana onde ele e “Laura” viveram antes dela fugir, e June se preocupa que ela pode não ser capaz de se estabilizar e então John descobre que ela realmente é uma desistente.

“Eu não sou Laura”, ela diz a Al (Maggie Grace). “Eu sou a mulher que ficou com medo e fugiu. Não só de John, de todos.” Mas Al diz a ela que a pessoa que ela é com John é a pessoa que ela é agora. Seu passado não precisa mais ditar seu futuro. E esta nova e melhorada June será testada enquanto ela e Al resistem à tempestade que barrou o caminhão da SWAT de Al. A tempestade está forçando June a ficar parada e se confrontar consigo mesmo, o que veremos no episódio 12 desta temporada.

Aquele era um peixe real que você estripou?

Jenna Elfman: Sim, foi! Repetidamente! Tomada após tomada! E sinto como se a tomada que eles usaram foi a que eu disse “Tem algo de errado. Esse peixe não está bem.” O mais repugnante e fedorento – todos os outros estavam normais e cheiravam frescos, mas aquele tinha algo errado. Suas entranhas eram tão nojentas e fedorentas. Foi terrível.

Você teve alguma experiência anterior com evisceração de peixe?

Jenna Elfman: Eu aprendi como estripar um peixe no episódio 4×05, “Laura”, com Garret Dillahunt, que foi onde eu tive um pescador que me deu uma lição oficial sobre como estripar um peixe. Então isso foi um bom retorno para esse episódio.

Você pode me contar mais sobre o relacionamento de June com Charlie? Elas desenvolveram um relacionamento mais próximo que nós realmente não vimos quando elas estavam com os Abutres, e é por isso que June a adotou?

Jenna Elfman: Eu acho que por padrão, June é mãe. Ela tinha uma garotinha. E eu acho que quando você é pai, você é pai ou mãe, é isso aí. Você é sempre um pai. E June também é enfermeira, e acho que cuidar faz parte de seu DNA. E acho que também é cura. E há um pouco de unidade lá com ela e John, em seus pequenos estágios exploratórios. Eu acho que provavelmente é só por padrão, por instinto. Meio que faz sentido ela cuidar de Charlie.

O que está acontecendo com ela?

Jenna Elfman: Bem, vejamos, ela tem 11 anos e perdeu os dois pais e assassinou uma pessoa. Eu acho que isso pode deixar uma garotinha traumatizada, não é?

Bem, quando você coloca dessa forma…

Jenna Elfman: Eu acho que, às vezes, quando as pessoas estão vendo, estão tão acostumadas com o apocalipse, que esquecem quais são os efeitos reais de estar em torno de tanta violência e de pessoas tão malvadas umas para as outras. A personagem, e Alexa, quando ela estava filmando, tinha 11 anos.

É uma coisa pesada até para um ator tão jovem lidar.

Jenna Elfman: Ela é incrível, no entanto. Ela é uma alma muito saudável. É uma moça sensacional.

Naquela última cena, como eles fizeram os zumbis voadores? Tinham dublês em estilingues ao lado do caminhão? Como foi isso?

Jenna Elfman: Aquilo foi uma loucura! Eu estava sentada dentro da van da SWAT com Maggie (Al) observando esses zumbis passando e batendo na van bem na frente dos nossos rostos, essas dublês passando por isso. Eles trabalharam nisso por um bom tempo imaginando como tudo seria. Eu realmente tenho um pequeno vídeo que vou postar na hora certa, que foi meu ponto de vista de dentro da van com esses dublês batendo na janela contra o carro. Literalmente voando pela janela. Foi tão real e tão assustador de uma forma divertida.

Então, eles estavam pulando de trampolins? Como isso estava acontecendo?

Jenna Elfman: Eu acho que eles tinham arreios e estavam sendo puxados.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Fonte: TV Guide

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Destaque

Facebook Live de Fear the Walking Dead com Alycia Debnam-Carey e Colman Domingo no Brasil (LEGENDADO)

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Como já mencionado aqui no Fear the Walking Dead Brasil, os atores da série e intérpretes de Alicia Clark e Victor Strand estiveram no Brasil. A vinda de ambos era motivada pela anunciação da estreia da segunda parte da 4ª temporada de Fear.

Um dos compromissos mais aguardados pelos fãs era a live no Facebook do canal AMC Brasil. Nesse momento ambos responderam perguntas prévias enviadas pelos fãs brasileiros sobre seus personagens, o quarto ano da série, despedidas de elenco e curiosidades afins. Uma interatividade totalmente despojada e confortável. Ambos se mostraram ligados um ao outro e dispostos a atender os fãs da melhor forma possível.

Entretanto, houve muita reclamação nos comentários devido ao fato de não haver tradução simultânea (já que os astros têm como língua nativa o inglês). Mas, como nosso trabalho é dar acessibilidade aos fãs da série ao material produzido por eles, aqui está a live com legenda para você poder ver as respostas dadas pelos atores:

E então, o que você achou das respostas dadas por eles? O que você perguntaria para eles caso pudesse? Deixe um comentário abaixo.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Entrevistas

Morgan vai voltar para The Walking Dead? Os showrunners Andrew Chambliss e Ian Goldberg falam sobre o assunto!

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do nono episódio, S04E09 – “People Like Us”, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

O personagem de Lennie James, Morgan, finalmente conectou os dois universos de The Walking Dead quando ele passou da nave mãe de The Walking Dead para Fear the Walking Dead. Mas ele poderia cruzar de volta?

No começo do episódio de retorno de Fear, Morgan anunciou sua intenção de voltar para Virginia e para seu amigo Rick Grimes. Ele até providenciou transporte para o norte, cortesia de Althea e seu S.W.A.T. móvel. “Eu nunca deveria ter ido embora”, explicou Morgan a John Dorie. “Meu amigo, acho que ele estava certo. É onde eu pertenço. É onde eu deveria estar.”

Mas será que ele vai chegar lá? Uma tempestade gigantesca já estava começando a causar estragos, e Alicia tinha algumas palavras sábias para Morgan sobre o pessoal que ele estaria deixando para trás aqui se ele fugisse novamente. Então Morgan vai voltar para Alexandria? (Ou para o Lixão? Ou para o Reino? Ou onde quer que ele esteja planejando chamar de lar?)

A Entertainment Weekly conversou com Andrew Chambliss e Ian Goldberg, os showrunners de Fear the Walking Dead, para obter informações sobre este último desenvolvimento, bem como todos os outros acontecimentos na estreia da midseason. Confira:

ENTERTAINMENT WEEKLY: Vamos começar com a tempestade, porque você começa este episódio com zumbis voando, essencialmente. Como vocês colocaram isso juntos? Foi tudo CGI, foram atores dublês em fios? Como você faz zumbis no ar?

ANDREW CHAMBLISS: É um pouco de cada coisa. Eu diria tudo acima. Aquela cena com a qual abrimos o episódio é uma combinação muito cuidadosa de várias cenas. Fizemos muito da tempestade praticamente com barras de chuva, ventiladores gigantes e artistas em catracas que os puxaram para fora do quadro, e então fizemos muitos aprimoramentos, elementos digitais e combinamos algumas placas diferentes e camadas de chuva digital para realmente parecer como se fosse um furacão. A ideia começou com o desejo de ver um wallker entrar em cena e depois ser jogado, e conseguimos isso mais de uma vez. Ficamos super animados com os resultados no final do dia.

A maior manchete para mim saindo desse episódio acontece no início, quando Morgan diz que quer voltar para a Virgínia. O que neste momento o levou a essa decisão, de que ele deveria estar voltando?

IAN GOLDBERG: Como vimos na primeira metade da temporada, o Morgan está em uma grande jornada. Ele começou como alguém que fugiu de Alexandria, de todos que ele era próximo, porque ele acreditava que a melhor maneira para ele viver neste mundo era estar por conta própria. Ele não queria estar perto de pessoas. Isso mudou na primeira metade da temporada, e no final da metade da quarta temporada, ele está sentado em volta de uma fogueira com pessoas – algumas das quais eram amigas, algumas eram inimigas que se tornaram amigas. Foi uma reviravolta inesperada de eventos para Morgan.

Mas ainda há uma grande parte do Morgan que está ligado às pessoas que ele deixou para trás. Vamos ver que ele também está lutando com alguns outros demônios emocionais que vamos revelar quando a segunda metade dessa temporada continuar. E ele pode dizer que está voltando para Alexandria, mas a jornada para chegar lá será preenchida de muitas reviravoltas inesperadas. Estamos ansiosos para saber como as pessoas reagem a essa jornada.

Vamos falar sobre onde todo mundo está emocionalmente aqui enquanto retomamos as coisas, começando com John e June. Ele quer se aposentar para a cabana, ela está preocupada que ela não é a mulher que ele se apaixonou, o que, em relação ao seu nome, pelo menos, é certamente verdade. Isso é algum tipo de acordo em que June não tem certeza se pode simplesmente se permitir ser feliz com tudo o que aconteceu?

CHAMBLISS: Eu acho que é um pouco disso, mas acho que alternativamente no final do dia, é quase como se June talvez nem saiba qual versão do personagem que vimos até agora ela realmente é. Nós a vimos como uma mãe muito reservada que está apenas tentando se proteger. Nós a vimos como a pessoa que se apaixonou, e então a vimos como uma Abutre. Eu acho que seu mal em estar com Dorie é que ela tem que se perguntar quem ela é, e isso não é necessariamente uma pergunta fácil, especialmente quando você fez coisas que você se arrependa. Ela tem muita procura de alma para fazer por si mesma, antes que consiga se abrir totalmente para estar com John.

Vamos entrar na situação de Charlie. Ela aparentemente ficou muda. Achei que no início isso tenha acabado com a perda da família Abutre, mas quando ela retorna o livro O Pequeno Príncipe para Luciana, isso parece indicar que ela está lutando com o assassinato de Nick.

GOLDBERG: Sim, como você disse. Charlie passou por muita coisa por muita gente, mas particularmente por uma criança tão jovem. Sim, ela perdeu sua família Abutre, mas também está lutando com a culpa de ser a primeira Abutre que estava dentro dos portões do estádio e alertou os Abutres sobre a presença no estádio. E matando Nick. Ela carrega muita culpa e bagagem emocional. Existe muita coisa não resolvida em Charlie que ela não sabe como conciliar.

Uma das nossas cenas favoritas no episódio é Dorie tentando se conectar com Charlie como alguém que se isolou em um ponto, como vimos no episódio 4×05. Ele se escondeu em uma cabana porque sentiu muita culpa sobre o que tinha feito e não podia se perdoar por isso e tentou apelar para Charlie para se abrir da melhor maneira que Dorie sabe, através do Scrabble. Mas Dorie pode se identificar com isso e ele sabe que não foi fácil para ele voltar ao mundo, e foi preciso o amor de June, e depois Laura, para fazê-lo se reconectar com as pessoas e perdoar a si mesmo. Charlie ainda não descobriu isso. E vai ser difícil para ela se perdoar.

Enquanto conversamos sobre pessoas que estão claramente confusas, vamos conversar sobre Alicia. Por um lado, ela se isolou de seus melhores amigos. Por outro lado, ela tem o desejo ardente de ajudar um completo estranho que está em perigo. O que está acontecendo com ela e como isso tudo está relacionado à perda da mãe dela?

GOLDBERG: Alicia quer muito continuar como Madison, ela quer levar adiante esse propósito. E seu fracasso em fazer isso é esmagador para ela. Alicia ainda está realmente processando sua dor pela perda de sua mãe e sentindo, como todo mundo, um pouco à deriva e sem propósito. A coisa mais nobre que ela acha que pode fazer é continuar com a força de Madison, e a parte mais trágica do episódio é que, apesar de seus esforços, ela não consegue fazer isso. E isso a deixa questionando: o que eu faço agora se não posso levar isso adiante? O que eu vou fazer? Quem eu vou ser? Essa será sua luta pela segunda metade da temporada.

E ela tem aquela fala depois de tudo que Morgan falou para ela, “Você pode estar lá para eles,” e então ela diz, “Você poderia estar aqui para nós também”. Então você tem essa enorme tempestade agora, e você tem Alicia dizendo para Morgan, “Você seria útil para nós”. Como tudo isso pode potencialmente mudar os planos de Morgan e sua mentalidade sobre voltar para Virgínia?

CHAMBLISS: É uma ótima pergunta que Alicia faz para Morgan e não acho que é algo com o que ele esteja necessariamente lutando de forma consciente. Como ele disse para Alicia no início do episódio, ele deixou muitas pessoas com as quais se importava em Virgínia sem se despedir. E é como se Morgan sequer estivesse processando o fato de que ele agora está fazendo a mesma coisa novamente com esse grupo de pessoas, das quais ele se tornou tão próximo. Quando Alicia joga o conselho que ele deu de volta e diz, “Você está me dizendo que eu deveria ajudar as pessoas a minha volta, bom, você devia fazer a mesma coisa” – essa é realmente a primeira vez que Morgan está percebendo que, de certa forma, ele pode voltar para as pessoas que ele deixou em Virgínia e fazer com essas pessoas a mesma coisa que ele fez no início da temporada. Ele está fugindo de pessoas.

Acho que muito disso deriva do fato de que ele não sabe como ajudar essas pessoas. Exatamente pela mesma razão que Alicia não está vivendo na casa com Luciana e Strand – eles a lembram de todas essas coisas sombrias que ela fez, mas eu não acho que ela tem uma resposta pronta para nenhum deles sobre como prosseguir. É mais fácil abaixar a cabeça e focar em uma missão como seguir esses pedidos de ajuda. Prosseguir, tanto Alicia quanto Morgan terão que encarar essas questões sobre como eles podem ajudar as pessoas a sua volta. Obviamente não vai ser fácil, porque lá pelo final do episódio, Alicia e Morgan seguem caminhos separados enquanto a tempestade se aproxima e aumenta de intensidade.

Okay, o que mais você pode nos contar em termos do que está por vir em Fear the Walking Dead?

GOLDBERG: Podemos dizer que viemos falando da Alicia, e vimos Alicia ser testada muitas vezes antes, de formas muito diferentes. Mas não acho que já tenhamos visto ela ser testada desse jeito, como veremos no próximo episódio. Isso é um nível emocional completamente novo para Alicia.

CHAMBLISS: E vai ter água. Vai ter muita água.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

Fiquem ligados no FEAR the Walking Dead Br e em nossas redes sociais @FearWalkingDead (twitter) e FEAR the Walking Dead Brasil (facebook) para ficar por dentro de tudo que rola no universo de Fear the Walking Dead.


Fonte: Entertainment Weekly

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