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Entrevistas

Dave Erickson fala dos personagens que “não sabem se defender” em Fear the Walking Dead

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Os personagens principais de The Walking Dead são assassinos frios. Eles têm muita experiência em destruir zumbis, e muitos deles (como o antigo policial Rick Grimes e o rastreador Daryl Dixon) já começaram com fortes habilidades de sobrevivência. Este não será o caso na nova série parceira Fear the Walking Dead. Nós não apenas veremos os primeiros estágios do surto, quando todos estão perdidos e confusos, mas ao invés de policiais e caçadores teremos duas pessoas que trabalham em uma escola, um viciado e uma estudante adolescente no centro da ação.

Entertainment Weekly conversou com o showrunner Dave Erickson sobre como os personagens e a ambientação da nova série vão se diferenciar da original.

Qual é o papel que o ambiente físico de L.A. interpreta em tornar esta série diferente do que vemos na original, na Georgia e na Virginia.

Dave Erickson: Estar neste pano de fundo, estar em Los Angeles, ter o senso de densidade da população e o senso de tragédia e tudo que está prestes a acontecer a todos – isso dá uma energia que eu já acho diferente. Uma coisa é Rick Grimes entrar em Atlanta depois que a cidade já ruiu; outra coisa é andar e viver em Los Angeles na véspera disso. E eu acho que isso traz para a série um elemento dinâmico e crítico.

Vocês têm uma situação um tanto única em termos de filmagem, você fez o piloto em L.A., mudou a produção para Vancouver para os cinco episódios seguintes, depois voltou para L.A. para filmar as cenas externas desses episódios. Quão importante foi para você ter essas cenas de fato em L.A. ao invés de fazer uma duplicata de tudo em Vancouver?

Dave Erickson: Era tremendamente importante, e a AMC nos apoiou nisso. É o lado de L.A. que estabelecemos no piloto, e é o lugar onde nossos heróis vivem, e era um senso dinâmico e uma vibração do que é para nós a zona leste de Los Angeles, diversa e cheia de camadas. Nós conseguimos encontrar lugares em Vancouver que funcionaram maravilhosamente, mas quando o assunto era a base da nossa família, era importante que voltássemos para onde começamos essencialmente e voltássemos para Los Angeles. Era uma sensação muito específica. Eu acho que capturamos uma estética bem específica graças a Adam Davidson e ao nosso DP Michael McDonough, e a toda a equipe. Realmente parece com esse lugar, a sensação é real, e esse era o nosso objetivo. Então é muito importante, e eu acho que todos entenderam isso desde o começo. Eu acho que quando tudo tiver sido dito e feito, a série passará a sensação de Los Angeles.

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Você estará em uma situação em que, a princípio, a audiência sabe mais do que os personagens. Eu imagino que vocês precisaram navegar nesse assunto, descobrindo onde está a linha em que vocês podem mostrar eles aprendendo sobre essas coisas, mas sem fazer com que pareçam idiotas.

Dave Erickson: Sim, é por graus. Alguns personagens parecem entender isso antes. A realidade é: estamos tão cedo no apocalipse que, quando as pessoas são infectadas e se transformam em zumbis, para todos os efeitos eles ainda parecem humanos. Eles ainda não se quebraram e atrofiaram, eles não têm uma aparência monstruosa. Então estamos lidando com pessoas que são confrontadas por seus amigos, sua família, seus colegas – pessoas com quem eles tomaram café no dia anterior – e eles precisam processar, “essa pessoa tomou alguma coisa? Essa pessoa está doente?”. O primeiro pensamento não é “isso é um zumbi e eu preciso abate-lo”. É tentar compreender o que diabos está acontecendo. E isso leva algum tempo. Essa é outra coisa que [Robert Kirkman, criador de Walking Dead e Fear] trouxe nas nossas primeiras conversas – é bem difícil matar, especialmente quando você ainda não está no apocalipse há um mês, seis meses, um ano, e toda vez que você vê um zumbi ele parece algo saído de um filme de terror. Você é confrontado pela humanidade, você está de frente com pessoas que parecem humanas, com exceção do fato de que eles estão tentando atacar você, e o seu primeiro impulso é tentar ajudar, para evitar o conflito.

Então o que isso significa em termos de quanto tempo eles levarão para se adaptar?

Dave Erickson: Não me entenda mal, chegaremos lá rápido o suficiente para a audiência. A audiência nunca chegará num ponto onde sentem que nossos personagens estão meio lentos na absorção. Temos educação suficiente no começo da série para os personagens, então eu não acho que teremos aquele problema em que a audiência grita para a tela, dizendo “qual é o problema dessas pessoas?”. O outro lado disso é quando nossos personagens são forçados para o confronto e forçados a serem violentos, isso tem um preço. É difícil matar, fisicamente, e psicologicamente o impacto disso é profundo. E você tem pessoas que estão tentando processar o apocalipse, entender o que está acontecendo, sem o Introdução ao Apocalipse Zumbi que diz a eles que é OK fazer isso, porque essas pessoas estão mortas, e em que ponto essa ficha finalmente cai, e em que ponto eles percebem que o mundo como eles conhecem acabou? Isso queima lentamente, mas não tão devagar que não aumente a tensão e aumente o drama e aumente o processo de aprendizado pelos quais essas pessoas estão passando. Eles vão entender logo, então a audiência não vai precisar gritar com a tela.

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Fora as coisas óbvias, como locações e tempo, qual você acha que é a maior diferença entre Fear e os quadrinhos e série originais de The Walking Dead?

Dave Erickson: A diferença é que você tem um mundo no Walking Dead original onde dois dos personagens principais são policiais, então em alguns aspectos você tem dois caras que têm habilidades, eles têm alguma base. Eles sabem usar uma arma, eles sabem lidar com conflito, eles sabem liderar. Na nossa série, estamos lidando com um professor de colégio e uma orientadora, nós reduzimos a marcha nesse sentido. Nós temos um grupo de pessoas completamente despreparadas para o começo do apocalipse.

Sim, um professor, uma orientadora, um viciado e uma estudante não parecem formar o melhor dos grupos.

Dave Erickson: E isso foi planejado. Nós teremos uma personagem – Liza, ex-esposa de Travis – que tem algumas habilidades que podem ajudar, mas em geral é realmente sobre um grupo de pessoas que não necessariamente têm as habilidades de liderança que você esperaria. Eles não têm habilidade para sobreviver, e eu acho que isso vale para todo o processo de como eles são ensinados nesse mundo. A realidade é que muitos deles não sabem se defender, não sabem como. O impulso deles não será de espancar caso um zumbi ataque. Não será de matar. E quando eles chegarem num ponto em que isso precisa acontecer – e isso acontece mais para o fim do piloto – qual é o peso, e choque, e trauma que isso causa. Isso foi algo sobre o que Robert e eu conversamos bem no começo, que será incrivelmente difícil para nossos personagens sobreviver nesse mundo. Não que seja fácil para Rick ou Shane na primeira temporada da série original, mas eles sabem atirar e eles têm qualidades e habilidades que aprenderam porque eram policiais, e nossa turma não tem isso.

Eu acho que vamos conhecer pessoas que têm algumas habilidades, pessoas com quem podemos aprender um pouco e com sorte eles levarão nossos personagens consigo. Será esse desafio de temos que nos transformar nisso para conseguir sobreviver, e existe uma maneira de manter quem somos e quem éramos nesse novo mundo, e isso vai criar alguns conflitos interessantes dentro da nossa família principal também, porque alguns que lá no fundo, por causa de sua história passada ou por causa de coisas que aconteceram com eles no passado, eles talvez encontrem esse limite de sobrevivência com mais facilidade. Será interessante assistir Travis e ver como Madison consegue crescer e mudar nesse novo mundo e vice versa, e podem existir elementos que eles não gostem. É realmente sobre como o apocalipse começa a distorcer e mudar esses personagens, e então como eles reagem uns aos outros com base em quem eles eram no pré-apocalipse. Eu acho que vai ser interessante ver personagens que coletivamente não têm condicionamento para isso e não têm preparação pra isso, e ver como eles começam a se ver ao longo da primeira temporada e depois será interessante.

Fear the Walking Dead estreia mundialmente em 23 de agosto pela AMC. Confira o trailer oficial da temporada e fique por dentro de todas as notícias.

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Fonte: Entertainment Weekly
Tradução: @Ivyleca / Staff Fear the Walking Dead Brasil

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Entrevistas

Jenna Elfman fala sobre peixes fedidos e zumbis voadores no episódio de retorno de Fear the Walking Dead

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A quarta temporada de Fear the Walking Dead encontrou nossos sobreviventes ainda lutando para seguir em frente após as mortes de Madison (Kim Dickens) e Nick Clark (Frank Dillane) e lidar com uma nova ameaça na forma de um furacão que chegou nos momentos finais do episódio.

June (Jenna Elfman) – anteriormente conhecida como “Laura” e “Naomi” – está morando em um ônibus escolar com John Dorie (Garret Dillahunt) e Charlie (AlexaNisenson) em uma espécie de unidade familiar. É legal, mas nem tudo está bem. Charlie ficou tão traumatizada com as coisas que ela fez e viu que ela mal fala e quase se permitiu ser comida por um andador, enquanto June está lutando com quem ela é. John quer voltar para sua cabana onde ele e “Laura” viveram antes dela fugir, e June se preocupa que ela pode não ser capaz de se estabilizar e então John descobre que ela realmente é uma desistente.

“Eu não sou Laura”, ela diz a Al (Maggie Grace). “Eu sou a mulher que ficou com medo e fugiu. Não só de John, de todos.” Mas Al diz a ela que a pessoa que ela é com John é a pessoa que ela é agora. Seu passado não precisa mais ditar seu futuro. E esta nova e melhorada June será testada enquanto ela e Al resistem à tempestade que barrou o caminhão da SWAT de Al. A tempestade está forçando June a ficar parada e se confrontar consigo mesmo, o que veremos no episódio 12 desta temporada.

Aquele era um peixe real que você estripou?

Jenna Elfman: Sim, foi! Repetidamente! Tomada após tomada! E sinto como se a tomada que eles usaram foi a que eu disse “Tem algo de errado. Esse peixe não está bem.” O mais repugnante e fedorento – todos os outros estavam normais e cheiravam frescos, mas aquele tinha algo errado. Suas entranhas eram tão nojentas e fedorentas. Foi terrível.

Você teve alguma experiência anterior com evisceração de peixe?

Jenna Elfman: Eu aprendi como estripar um peixe no episódio 4×05, “Laura”, com Garret Dillahunt, que foi onde eu tive um pescador que me deu uma lição oficial sobre como estripar um peixe. Então isso foi um bom retorno para esse episódio.

Você pode me contar mais sobre o relacionamento de June com Charlie? Elas desenvolveram um relacionamento mais próximo que nós realmente não vimos quando elas estavam com os Abutres, e é por isso que June a adotou?

Jenna Elfman: Eu acho que por padrão, June é mãe. Ela tinha uma garotinha. E eu acho que quando você é pai, você é pai ou mãe, é isso aí. Você é sempre um pai. E June também é enfermeira, e acho que cuidar faz parte de seu DNA. E acho que também é cura. E há um pouco de unidade lá com ela e John, em seus pequenos estágios exploratórios. Eu acho que provavelmente é só por padrão, por instinto. Meio que faz sentido ela cuidar de Charlie.

O que está acontecendo com ela?

Jenna Elfman: Bem, vejamos, ela tem 11 anos e perdeu os dois pais e assassinou uma pessoa. Eu acho que isso pode deixar uma garotinha traumatizada, não é?

Bem, quando você coloca dessa forma…

Jenna Elfman: Eu acho que, às vezes, quando as pessoas estão vendo, estão tão acostumadas com o apocalipse, que esquecem quais são os efeitos reais de estar em torno de tanta violência e de pessoas tão malvadas umas para as outras. A personagem, e Alexa, quando ela estava filmando, tinha 11 anos.

É uma coisa pesada até para um ator tão jovem lidar.

Jenna Elfman: Ela é incrível, no entanto. Ela é uma alma muito saudável. É uma moça sensacional.

Naquela última cena, como eles fizeram os zumbis voadores? Tinham dublês em estilingues ao lado do caminhão? Como foi isso?

Jenna Elfman: Aquilo foi uma loucura! Eu estava sentada dentro da van da SWAT com Maggie (Al) observando esses zumbis passando e batendo na van bem na frente dos nossos rostos, essas dublês passando por isso. Eles trabalharam nisso por um bom tempo imaginando como tudo seria. Eu realmente tenho um pequeno vídeo que vou postar na hora certa, que foi meu ponto de vista de dentro da van com esses dublês batendo na janela contra o carro. Literalmente voando pela janela. Foi tão real e tão assustador de uma forma divertida.

Então, eles estavam pulando de trampolins? Como isso estava acontecendo?

Jenna Elfman: Eu acho que eles tinham arreios e estavam sendo puxados.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Fonte: TV Guide

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Destaque

Facebook Live de Fear the Walking Dead com Alycia Debnam-Carey e Colman Domingo no Brasil (LEGENDADO)

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Como já mencionado aqui no Fear the Walking Dead Brasil, os atores da série e intérpretes de Alicia Clark e Victor Strand estiveram no Brasil. A vinda de ambos era motivada pela anunciação da estreia da segunda parte da 4ª temporada de Fear.

Um dos compromissos mais aguardados pelos fãs era a live no Facebook do canal AMC Brasil. Nesse momento ambos responderam perguntas prévias enviadas pelos fãs brasileiros sobre seus personagens, o quarto ano da série, despedidas de elenco e curiosidades afins. Uma interatividade totalmente despojada e confortável. Ambos se mostraram ligados um ao outro e dispostos a atender os fãs da melhor forma possível.

Entretanto, houve muita reclamação nos comentários devido ao fato de não haver tradução simultânea (já que os astros têm como língua nativa o inglês). Mas, como nosso trabalho é dar acessibilidade aos fãs da série ao material produzido por eles, aqui está a live com legenda para você poder ver as respostas dadas pelos atores:

E então, o que você achou das respostas dadas por eles? O que você perguntaria para eles caso pudesse? Deixe um comentário abaixo.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Entrevistas

Morgan vai voltar para The Walking Dead? Os showrunners Andrew Chambliss e Ian Goldberg falam sobre o assunto!

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Atenção! Este conteúdo contém SPOILERS do nono episódio, S04E09 – “People Like Us”, da quarta temporada de Fear the Walking Dead. Caso ainda não tenha assistido, não continue. Você foi avisado!

O personagem de Lennie James, Morgan, finalmente conectou os dois universos de The Walking Dead quando ele passou da nave mãe de The Walking Dead para Fear the Walking Dead. Mas ele poderia cruzar de volta?

No começo do episódio de retorno de Fear, Morgan anunciou sua intenção de voltar para Virginia e para seu amigo Rick Grimes. Ele até providenciou transporte para o norte, cortesia de Althea e seu S.W.A.T. móvel. “Eu nunca deveria ter ido embora”, explicou Morgan a John Dorie. “Meu amigo, acho que ele estava certo. É onde eu pertenço. É onde eu deveria estar.”

Mas será que ele vai chegar lá? Uma tempestade gigantesca já estava começando a causar estragos, e Alicia tinha algumas palavras sábias para Morgan sobre o pessoal que ele estaria deixando para trás aqui se ele fugisse novamente. Então Morgan vai voltar para Alexandria? (Ou para o Lixão? Ou para o Reino? Ou onde quer que ele esteja planejando chamar de lar?)

A Entertainment Weekly conversou com Andrew Chambliss e Ian Goldberg, os showrunners de Fear the Walking Dead, para obter informações sobre este último desenvolvimento, bem como todos os outros acontecimentos na estreia da midseason. Confira:

ENTERTAINMENT WEEKLY: Vamos começar com a tempestade, porque você começa este episódio com zumbis voando, essencialmente. Como vocês colocaram isso juntos? Foi tudo CGI, foram atores dublês em fios? Como você faz zumbis no ar?

ANDREW CHAMBLISS: É um pouco de cada coisa. Eu diria tudo acima. Aquela cena com a qual abrimos o episódio é uma combinação muito cuidadosa de várias cenas. Fizemos muito da tempestade praticamente com barras de chuva, ventiladores gigantes e artistas em catracas que os puxaram para fora do quadro, e então fizemos muitos aprimoramentos, elementos digitais e combinamos algumas placas diferentes e camadas de chuva digital para realmente parecer como se fosse um furacão. A ideia começou com o desejo de ver um wallker entrar em cena e depois ser jogado, e conseguimos isso mais de uma vez. Ficamos super animados com os resultados no final do dia.

A maior manchete para mim saindo desse episódio acontece no início, quando Morgan diz que quer voltar para a Virgínia. O que neste momento o levou a essa decisão, de que ele deveria estar voltando?

IAN GOLDBERG: Como vimos na primeira metade da temporada, o Morgan está em uma grande jornada. Ele começou como alguém que fugiu de Alexandria, de todos que ele era próximo, porque ele acreditava que a melhor maneira para ele viver neste mundo era estar por conta própria. Ele não queria estar perto de pessoas. Isso mudou na primeira metade da temporada, e no final da metade da quarta temporada, ele está sentado em volta de uma fogueira com pessoas – algumas das quais eram amigas, algumas eram inimigas que se tornaram amigas. Foi uma reviravolta inesperada de eventos para Morgan.

Mas ainda há uma grande parte do Morgan que está ligado às pessoas que ele deixou para trás. Vamos ver que ele também está lutando com alguns outros demônios emocionais que vamos revelar quando a segunda metade dessa temporada continuar. E ele pode dizer que está voltando para Alexandria, mas a jornada para chegar lá será preenchida de muitas reviravoltas inesperadas. Estamos ansiosos para saber como as pessoas reagem a essa jornada.

Vamos falar sobre onde todo mundo está emocionalmente aqui enquanto retomamos as coisas, começando com John e June. Ele quer se aposentar para a cabana, ela está preocupada que ela não é a mulher que ele se apaixonou, o que, em relação ao seu nome, pelo menos, é certamente verdade. Isso é algum tipo de acordo em que June não tem certeza se pode simplesmente se permitir ser feliz com tudo o que aconteceu?

CHAMBLISS: Eu acho que é um pouco disso, mas acho que alternativamente no final do dia, é quase como se June talvez nem saiba qual versão do personagem que vimos até agora ela realmente é. Nós a vimos como uma mãe muito reservada que está apenas tentando se proteger. Nós a vimos como a pessoa que se apaixonou, e então a vimos como uma Abutre. Eu acho que seu mal em estar com Dorie é que ela tem que se perguntar quem ela é, e isso não é necessariamente uma pergunta fácil, especialmente quando você fez coisas que você se arrependa. Ela tem muita procura de alma para fazer por si mesma, antes que consiga se abrir totalmente para estar com John.

Vamos entrar na situação de Charlie. Ela aparentemente ficou muda. Achei que no início isso tenha acabado com a perda da família Abutre, mas quando ela retorna o livro O Pequeno Príncipe para Luciana, isso parece indicar que ela está lutando com o assassinato de Nick.

GOLDBERG: Sim, como você disse. Charlie passou por muita coisa por muita gente, mas particularmente por uma criança tão jovem. Sim, ela perdeu sua família Abutre, mas também está lutando com a culpa de ser a primeira Abutre que estava dentro dos portões do estádio e alertou os Abutres sobre a presença no estádio. E matando Nick. Ela carrega muita culpa e bagagem emocional. Existe muita coisa não resolvida em Charlie que ela não sabe como conciliar.

Uma das nossas cenas favoritas no episódio é Dorie tentando se conectar com Charlie como alguém que se isolou em um ponto, como vimos no episódio 4×05. Ele se escondeu em uma cabana porque sentiu muita culpa sobre o que tinha feito e não podia se perdoar por isso e tentou apelar para Charlie para se abrir da melhor maneira que Dorie sabe, através do Scrabble. Mas Dorie pode se identificar com isso e ele sabe que não foi fácil para ele voltar ao mundo, e foi preciso o amor de June, e depois Laura, para fazê-lo se reconectar com as pessoas e perdoar a si mesmo. Charlie ainda não descobriu isso. E vai ser difícil para ela se perdoar.

Enquanto conversamos sobre pessoas que estão claramente confusas, vamos conversar sobre Alicia. Por um lado, ela se isolou de seus melhores amigos. Por outro lado, ela tem o desejo ardente de ajudar um completo estranho que está em perigo. O que está acontecendo com ela e como isso tudo está relacionado à perda da mãe dela?

GOLDBERG: Alicia quer muito continuar como Madison, ela quer levar adiante esse propósito. E seu fracasso em fazer isso é esmagador para ela. Alicia ainda está realmente processando sua dor pela perda de sua mãe e sentindo, como todo mundo, um pouco à deriva e sem propósito. A coisa mais nobre que ela acha que pode fazer é continuar com a força de Madison, e a parte mais trágica do episódio é que, apesar de seus esforços, ela não consegue fazer isso. E isso a deixa questionando: o que eu faço agora se não posso levar isso adiante? O que eu vou fazer? Quem eu vou ser? Essa será sua luta pela segunda metade da temporada.

E ela tem aquela fala depois de tudo que Morgan falou para ela, “Você pode estar lá para eles,” e então ela diz, “Você poderia estar aqui para nós também”. Então você tem essa enorme tempestade agora, e você tem Alicia dizendo para Morgan, “Você seria útil para nós”. Como tudo isso pode potencialmente mudar os planos de Morgan e sua mentalidade sobre voltar para Virgínia?

CHAMBLISS: É uma ótima pergunta que Alicia faz para Morgan e não acho que é algo com o que ele esteja necessariamente lutando de forma consciente. Como ele disse para Alicia no início do episódio, ele deixou muitas pessoas com as quais se importava em Virgínia sem se despedir. E é como se Morgan sequer estivesse processando o fato de que ele agora está fazendo a mesma coisa novamente com esse grupo de pessoas, das quais ele se tornou tão próximo. Quando Alicia joga o conselho que ele deu de volta e diz, “Você está me dizendo que eu deveria ajudar as pessoas a minha volta, bom, você devia fazer a mesma coisa” – essa é realmente a primeira vez que Morgan está percebendo que, de certa forma, ele pode voltar para as pessoas que ele deixou em Virgínia e fazer com essas pessoas a mesma coisa que ele fez no início da temporada. Ele está fugindo de pessoas.

Acho que muito disso deriva do fato de que ele não sabe como ajudar essas pessoas. Exatamente pela mesma razão que Alicia não está vivendo na casa com Luciana e Strand – eles a lembram de todas essas coisas sombrias que ela fez, mas eu não acho que ela tem uma resposta pronta para nenhum deles sobre como prosseguir. É mais fácil abaixar a cabeça e focar em uma missão como seguir esses pedidos de ajuda. Prosseguir, tanto Alicia quanto Morgan terão que encarar essas questões sobre como eles podem ajudar as pessoas a sua volta. Obviamente não vai ser fácil, porque lá pelo final do episódio, Alicia e Morgan seguem caminhos separados enquanto a tempestade se aproxima e aumenta de intensidade.

Okay, o que mais você pode nos contar em termos do que está por vir em Fear the Walking Dead?

GOLDBERG: Podemos dizer que viemos falando da Alicia, e vimos Alicia ser testada muitas vezes antes, de formas muito diferentes. Mas não acho que já tenhamos visto ela ser testada desse jeito, como veremos no próximo episódio. Isso é um nível emocional completamente novo para Alicia.

CHAMBLISS: E vai ter água. Vai ter muita água.

Fear the Walking Dead vai ao ar as segundas-feiras, às 22h30, no AMC Brasil. Consulte sua operadora de TV para mais informações.

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Fonte: Entertainment Weekly

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